quinta-feira, 22 de abril de 2010

Como o ex-Graeff atropelou a memória do PSDB

Como o ex-Graeff atropelou a memória do PSDB


Esta eleição deixará indelevelmente no ex-Eduardo Graeff a marca da infâmia. Pelos próximos anos, toda vez que o virem passar, seus ex-amigos saberão que ali está a pessoa que ajudou a transformar a face mais visível do partido de Vilmar Faria e de dona Ruth, de Vilma Motta e do Grama, no subsolo do esgoto mais fétido que a Internet já produziu [e com a ajuda da mídia nativa, mais conhecida hoje, e merecidamente, por PIG - Partido da Impresa Golpista (clique aqui para ler sobreo PIG)].

Toda vez que se contar a história da Internet brasileira, Eduardo Graeff será lembrado como a pessoa que trocou o discurso de Covas e Montoro, a dignidade de um partido de pensadores e intelectuais pela cloaca do mundo, o sujeito que montou blogs apócrifos para atacar adversários, contratou profissionais da difamação e montou uma rede – A Rede PSDB – com pessoas que deram ao seu partido a feição mais indigna que uma organização poderia ter.

Tirou Covas, Montoro, o próprio FHC e, no seu lugar, colocou “porrapetralhas”, “DilmaHussein”, “juniorabtibol”, “gente que mente”. Trouxe para a vitrine do partido personagens que não seriam aceitos em nenhum lugar decente.

Ele jamais será perdoado – não pelos adversários mas pelos próprios tucanos – por ter dado ao partido, nas novas mídias, uma imagem infame, atropelando a memória dos seus fundadores.

Esta é a cara que o PSDB tinha:


Essa é a cara do PSDB que Graeff colocou na vitrine da Internet:


Quem é o sujeito? É esse aqui.


Um mero twitteiro? Não, um vereador de Manaus convocado por Graeff.


Ou então o sujeito que assina “porrapetralha”. Seu Twitter é seguido por 224 twitteiros que seguem também a “redepsdb”; ele segue 153 twitteiros seguidos pela rede;  e ambos recomendam 111 twitteiros em comum.
Eis a cara da turma do Graeff na Internet:


No site desse sujeito, vê-se coisas assim:


Ou então o twitter fake “DilmaHussein”. Ele tem em comum com a “redepsdb 224 pessoas amigas, 369 seguidores e 260 indicações em comum.



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[Mesmo diante de tanto jogo sujo a que o Brasil vem sofrendo por este bando de Neoliberias (não só os partidos como PSDB, mas também, parte do empresariado, bancos e a mídia nativa) que se tornaram fortes com as políticas neoliberais na era FHC (nessa época um dos subordinados de FHC em pleno processo de privatização da telebrás chega a dizer que "Estamos no limite de nossa 'irresponsabiliadade'"Clique aqui para ler mais sobre) e administrações tucanas como em São Paulo (assista aqui,  e assista aqui também)... Mesmo que a cada ano eles vão se tornando cada vez mais imorais, podres, arrogantes, golpistas (assista aqui)... Mesmo que eles estejam jogando um jogo sujo, do mais baixo nível que faz qualquer conhecedor de suas ações "imorais" sentir vergonha de tê-los como correligionários e até compatriotas.  Uma vergonha não só por eles terem doado as Principais estatais nacionais a oportunistas estrangeiros e deixado o Estado "de quatro" ao mercado internacional, à deriva, sofrendo com qualquer "crise" que aparecesse, mas, principalmente, por acreditarem piamente que essa "cagada político-adiministrativa" ser a correta. (abaixo em "Leia Mais do jogo sujo" você encontra artigos que publiquei que comprovam o afirmado acima)]


[Isso mesmo, uma "cagada", já que o modelo neoliberal é uma ação a ser adotada por colonizados e não por colonizadores, a ser adotado por países que se sujeitem a uma posição de subordinados, inferiores, subalternos, vivendo sob as ordens de outros, ou melhor do BID e FMI, braços político-fimanceiros dos colonizadores, e não por quem quer ser protagonista e comandante de sua "nau". Aliás, este é o principal diferencial entre FHC x LULA. O primeiro, intelectual, douto, Sr Sorbonne, optou por se subordinar, e levar consigo a nação Brasileira, ao ditames do primeiro mundo, já LULA, como dizem alguns tucanos, o tal sapo barbudo, eunucu, que merece levar uma surra... fez o contrário e mostrou ao mundo que a Grande parte dos brasileiros querem, e merecem, ser protagonistas das grandes decisões mundiais. É por isso que Lula é respeitado mundo à fora (leia aqui para saber mais) enquanto FHC não é, ou melhor, é respeitado pelos neoliberais que lucraram e querem lucrar mais com a possível eleição de Serra (Clique aqui para descontrair).]


[Mas, mesmo diante de tanto jogo sujo que, principalmente, o PSDB vem fazendo, tem-se que ter em mente que estas ações são executadas por um pequeno grupo-elite, mas que tem um grande poder dentro do partido. Conheço muitos tucanos de boa índole que estão constrangidos diante destas ações que desmerecem a história deste partido. Tem um que não conheço mas li vários artigos seus e que merece ser citado aqui, que é Bresser Pereira.]


[Fazendo justiça aos tucanos decentes, isso mesmo, a grande maioria deles, mas que infelizmente parece que não têm voz e muito menos vêz nas tomadas de decisões estratégicas e políticas dentro do partido, é que posto abaixo um excelente artigo de Bresser Pereira que, para mim, acerta em cheio sobre as reais causas deste momento de "lado negro da força" por que passa o PSDB atualmente. Sob o tema "A moral e a Crise" e sem citar diretamente seus correligionários, ele analisa a criser de 2009 e, sutilmente ou melhor, "subliminarmente", mete o dedo na ferida tucana e grande parte da elite brasileira e acaba, indiretamente, pontuando o ideário causador deste momento de "Darth Vader" a que se apresenta a cúpula do PSDB.]


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A MORAL E A CRISE



A presente crise é também uma crise moral. É consequência da ideologia neoliberal e da theoria econômica orotodoxa ou neoclássica. Ambas ensinam a tese da "mão inivisível" e rejeitam a existência do interesse público e, portanto, da necessidade de virtudes cívicas nos cidadãos. 
O problema não é só financeiro. Deu pane no sistema de valores e princípios construído nos "30 anos de ouro do capitalismo".

A crise que hoje enfrenta o capitalismo é econômica, mas suas causas são também políticas e morais. A causa imediata foi a quebra de bancos americanos devido à inadimplência das famílias em relação a dívidas hipotecárias que, em um mercado financeiro cada vez mais desregulado (dentro do ideário neoliberal), puderam crescer sem limites porque os bancos se valiam de "inovações financeiras" que lhes permitiam empacotar os respectivos títulos de tal maneira que os novos pacotes pareciam, aos novos credores a quem eram repassados, mais seguros do que os títulos originais. Quando a fraude foi descoberta e os bancos quebraram, a confiança das famílias e empresas, que já estava profundamente abalada entrou em colapso. Elas passaram a se proteger adiando todo tipo de consumo e de investimento, a demanda agregada sofreu uma queda vertical e a crise, que era inicialmente apenas bancária, se transformou em crise econômica.

Essa explicação é razoável, mas, dado que no seu centro está a questão da confiança, pergunto: será que a confiança foi perdida por motivos meramente econômicos - pela dinâmica do ciclo econômico, pela natureza intrinsecamente instável do capitalismo - ou na base da crise está uma questão política e moral? 
  • O Estado Indutor da Economia - É verdade que o sistema econômico capitalista é instável, mas desenvolvemos durante todo o século 20 uma série de instituições que, todos esperavam, fossem capazes de reduzir substancialmente a gravidade das crises. E, de fato, no pós-guerra, nos "30 anos gloriosos do capitalismo" (1945-1975) - tempos do novo Estado social e da macroeconomia keynesiana - as crises perderam frequência e intensidade, as taxas de crescimento econômico foram elevadas e a desigualdade econômica diminuiu. 
  •  O Estado Mínino e as empresas privadas como indutoras da economia - Entretanto, nos últimos 30 anos - os anos da hegemonia neoliberal e da criação de riqueza fictícia - as taxas de crescimento baixaram, a renda voltou a se concentrar nas mãos dos 2% mais ricos da população e a instabilidade financeira aumentou em toda parte, culminando com a crise global de 2008 - uma crise infinitamente mais grave do que a modesta desaceleração econômica combinada com inflação que assinalou o fim dos 30 anos gloriosos.
Ora, embora se confunda o neoliberalismo com o liberalismo (uma grande e necessária ideologia) e com o conservadorismo (uma atitude política respeitável), essa ideologia não é nem liberal nem conservadora, mas caracterizada por um individualismo feroz e imoral.

  • O liberalismo foi originalmente a ideologia de uma classe média burguesa contra uma oligarquia de senhores de terras e militares, e contra um Estado autocrático;
  • O neoliberalismo, que se tornou dominante no último quartel do século 20, é uma ideologia dos ricos contra os pobres e os trabalhadores, contra um Estado democrático e social.
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  • Os liberais e os conservadores autênticos são também "republicanos" (como também o são os socialistas e os ambientalistas), ou seja, acreditam no interesse público ou no bem comum e afirmam a necessidade de virtudes cívicas para que o mesmo seja garantido; 
  • Os neoliberais negam a ideia de interesse público, adotam um individualismo que tudo justifica, transformam a tese da mão invisível em uma caricatura e estimulam cada um a defender apenas seus interesses, porque os interesses coletivos serão garantidos pelo mercado e pela lei. Esta, por sua vez, deve tudo liberalizar.
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  • E qual o novo papel do Estado? Em vez de ser identificado à própria lei, é apenas a organização de burocratas que deveria garanti-la, mas o faz muito mal.
  • Qual sua função? Ser só "regulador", diz o neoliberalismo, mas, invertendo o sentido das palavras, como fazia o big brother de George Orwell, a ideologia dominante (a neoliberal) advogou sempre a desregulação geral.

A confiança, portanto, não foi perdida apenas por motivos econômicos. Além de trazer a desregulação dos mercados, a hegemonia neoliberal trouxe consigo a deterioração dos padrões morais da sociedade.

A virtude e o civismo foram esquecidos, senão ridicularizados, em nome de uma racionalidade econômica de mercado superior, que se pretendia legitimada por modelos econômicos matemáticos.

Os bônus se transformaram no único incentivo legítimo ao trabalho. Os escândalos corporativos se multiplicaram. A prática de corromper servidores públicos e políticos generalizou-se. Estes, por sua vez, se adaptaram aos novos tempos, "confirmando" a tese fundamentalista de mercado do Estado mínimo.

Ao invés de se pensar Estado como o grande instrumento de ação coletiva da sociedade, expressão da racionalidade institucional que cada sociedade alcança no seu respectivo estágio de desenvolvimento, e guardião legal da moralidade, passou-se a vê-lo como uma organização de funcionários e políticos corruptos. A partir desse reducionismo político, desmoralizava-se o Estado e sua lei, reduzia-se o papel dos valores e se estabelecia a permissibilidade favorável aos ganhos fáceis.





Fontes do Post:

Leia mais do jogo sujo dos Neoliberais:
 Leia um pouco sobre a gestão de Lula:

Outros Mais: 



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