terça-feira, 13 de abril de 2010

Curiosidades do jornalismo político - Isso sim é ser "imparcial"

“Num ambiente hostil para a oposição, Serra tem feito o possível como candidato anti-PT. Apesar dos titubeios nos meses recentes, o tucano errou pouco até agora. Mas a disputa está apenas no começo.” 
(Conclusão do artigo de Fernando Rodrigues 12/4/2010 – Folha SP).
 “a postura adotada por Serra, talvez tenha sido das piores dos últimos anos em matéria de estratégia eleitoral. 
 Com um mês de intervalo, opinião diametralmente opostas do mesmo jornalista. O “homem da pior estratégia eleitoral”, que com seus erros permitiu de ser alcançado nas pesquisas pela candidata de Lula, agora é o tucano que erra pouco.

Outra curiosidade é o artigo de hoje, do jornalista Ricardo Noblat.

Pessimista com as chances do candidato Serra, se permite uma opinião pouco isenta sobre o candidato tucano, o que evidentemente é seu direito.

“Ninguém duvida que o Brasil possa mais, como disse José Serra ao se lançar candidato do PSDB a presidente da República. A dúvida é se Serra desta vez poderá mais. Dos que aspiram suceder a Lula, ele é de longe o mais preparado para governar o país. Mas isso não importa muito. Serra detinha tal condição em 2002. E, no entanto, foi derrotado.” 
(jornalista Ricardo Noblat – O Globo 12/4/2010).
Noblat não explica porque considera José Serra o mais preparado, nem porque tinha essa opinião desde 2002. Mistério. Será porque Serra teria “diploma” e Lula não? Tomar partido tão abertamente, carimbando um dos candidatos como mais preparado que os outros, mas não explicar porque, é curioso, não?

Mas, talvez Noblat quis simplesmente ser gentil com o candidato tucano para compensar o fato de não acreditar que ele possa vencer as eleições. No mesmo artigo, Noblat explica:

“Pesquisas de intenção de voto confirmam que uma larga maioria de brasileiros quer a continuidade do governo de Lula. Como Serra imagina vencer? Apresentandose como o dono de melhor currículo para continuar o que Lula fez e fazer mais? Confronto de currículos só empolga o eleitor quando ele quer mudar. A peleja entre a continuidade e a mudança desobriga as pessoas de pensarem muito a respeito.” 
(O Globo pág. 2 Ricardo Noblat 12/4/2010).

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