quarta-feira, 30 de junho de 2010

Tijolaço: vereadora tucana acusou vice de Serra


________________________________________________

Chico Otavio – O GLOBO


Vereadora do PSDB de Rio diz que escolha é “péssima” e explica a licitação “suja” de Indio da Costa, o vice de Serra

‘Foi um golpe de mestre do Rodrigo Maia’
ANDREA GOUVÊA VIEIRA


José Serra perderá uma aliada no Rio. A vereadora tucana Andrea Gouvêa Vieira disse que pedirá licença e viajará, inconformada com a indicação de Indio da Costa para vice.

Andrea foi relatora da CPI que investigou fraudes na merenda escolar quando Indio era secretário municipal do Rio, em 2005.



O GLOBO: A senhora poderia resumir a conclusão da CPI da Merenda?
ANDREA GOUVÊA VIEIRA: Houve um direcionamento claro. Na licitação para a compra de gêneros alimentícios para a merenda, a cidade foi dividida em nove áreas (2005). Ganhava cada área aquele que oferecesse mais desconto nos 49 produtos básicos. A Comercial Milano ficou com quase tudo. Acertou todas as suas apostas. Como ela poderia saber que descontos os outros concorrentes ofereceram?

A CPI desconfiou de algum tipo de informação privilegiada?
ANDREA: A empresa sabia até as áreas onde ninguém apresentou propostas. Isso só foi possível porque ela teve acesso prévio às ofertas dos concorrentes

Existiu envolvimento de Indio da Costa, então secretário municipal de Administração?
ANDREA: Foi uma ação entre amigos.

Como vereadora, como a senhora avalia a gestão de Indio da Costa na secretaria?
ANDREA: Quando ele foi secretário de Administração, não havia pregão presencial e muito menos o eletrônico. Só depois da CPI, passaram a tomar esse cuidado.

E agora, irá apoiá-lo?
ANDREA: Se eu já tinha dificuldade com a candidatura do Cesar Maia, a situação agora ficou esdrúxula. Como o ex-prefeito é candidato ao Senado, não preciso pedir voto ou mesmo votar nele. Mas com o Indio como vice de Serra, é diferente. Não dá para separar o voto. Prefiro, então, pedir licença e viajar.

A indicação de Indio para vice foi uma surpresa entre os aliados do Rio?
ANDREA: O problema é o Serra não consultar.
Márcio Fortes e Luiz Paulo Correa da Rocha estão pasmos. Foi um golpe de mestre do Rodrigo Maia. Como ele concorrerá a deputado disputando mais ou menos o mesmo voto do Indio, conseguiu tirá-lo do seu caminho ao empurrá-lo para Serra, que cedeu por estar exausto.

Serra escolheu mal?
ANDREA: Péssimo. A gente desconfia de quem põe uma faixa e sai por ai dizendo que é ficha limpa. Já pensou se, depois de eleito, o Serra sofre algum problema e o Índio vira presidente?

____________________________________________

O vice é o homem da merenda? Leia o próprio PSDB

Brizola Neto
Via Conversa Afiada
de Paulo Henrique Amorim 

O Blog do Noblat acaba de anunciar que o vice do Serra será o deputado Índio da Costa, do DEM. Apresenta-o como o relator do ficha-limpa. Mas não é bem assim. Ele foi um dos alvos da CPI na Câmara dos Vereadores que investigou superfaturamento e má-qualidade nos alimentos comprados para a merenda escolar, quando eu ainda era vereador. A CPI foi pedida pelo meu amigo e deputado Edson santos (PT) e relatada pela – atenção – vereadora tucana Andrea Gouvêa Vieira. Vou transcrever o texto que está numa das páginas dela na internet, de onde tirei também a ilustração:

O relatório de Andrea, PSDB-RJ, concluiu que a licitação para a compra de gêneros alimentícios para a merenda, entre julho de 2005 e junho de 2006, realizada pela Secretaria Municipal de Administração e pela Secretaria Municipal de Educação, no valor de R$ 75.204.984,02, causaram prejuízo aos cofres públicos. 99% do fornecimento ficaram concentrados numa única empresa, a Comercial Milano, que apresentou uma engenhosa combinação de preços em suas propostas. A licitação ocorreu num único dia, mas foi dividida 10 coordenadorias de educação (CREs). O "curioso" foi que esta empresa ofertou preços diferentes para o mesmo alimento. O preço do frango da proposta da Milano, por exemplo, para Santa Cruz, era cerca de 30 % mais caro do que o preço ofertado para Campo Grande. Detalhe: em Santa Cruz a Milano não teve concorrentes e em Campo Grande sim. Como ela soube da falta de concorrentes, um mistério. E a Prefeitura aceitou isso! Pagou à mesma empresa, pela mesma mercadoria, preços muito diferentes. Essa foi a característica geral dessa licitação: uma combinação de preços que otimizaram os ganhos de uma única empresa fornecedora em prejuízo dos cofres públicos.



Na primeira parte do relatório, a CPI concluiu que o então Secretário de Administração, Índio da Costa, deveria ter cancelado a licitação porque as regras do edital levaram a um resultado que contrariou o objetivo inicial de atrair dezenas de pequenos comerciantes locais a vender para as escolas dos bairros, descentralizando o fornecimento, e pelo melhor preço. Ao contrário, a licitação acabou por provocar a maior concentração de entrega de gêneros alimentícios na história da merenda escolar.

Como evidência incontestável do prejuízo aos cofres públicos, o relatório revelou que o pregão presencial adotado depois da instalação da CPI pelo sucessor do Secretário Índio, um ano depois, possibilitou uma economia de cerca de R$ 11 milhões na compra da mesma merenda escolar.

Durante o processo licitatório, segundo o relatório da CPI, foram identificadas diversas irregularidades no registro das atas das reuniões de entrega, abertura e verificação de documentos. Chamou a atenção o fato de a empresa Milano ter sido a única a ter acesso aos documentos das empresas concorrentes ainda durante o período em que a Comissão de Licitação analisava a documentação dia 23 de março de 2005, enquanto os pedidos de vista das demais só ocorreram após o dia 31 do mesmo mês, quando já havia sido anunciado o julgamento dos documentos.

Uma das empresas eliminadas – a única que conseguiu na Justiça liminar para que a Secretaria de Administração não destruísse sua proposta de preços – mostrou, quase um ano depois, quando a Justiça obrigou a abertura do envelope, que se não tivesse sido desabilitada, teria vencido a Milano em vários quesitos, com condições mais vantajosas para o Município.

A Prefeitura não conseguiu demonstrar, de forma objetiva, como a empresa Milano conseguiu um resultado tão favorável. A única explicação dada pelo então Secretário de Administração, Índio da Costa, e pelos diretores da Milano, de que o acerto se deu em virtude do estudo das concorrências anteriores, levou a CPI a duas conclusões:

  • 1- Se era possível antecipar resultados, houve falha nas regras do edital.
  • 2- Se a Administração municipal aceitou pagar, pelo mesmo produto, preços significativamente diferenciados, sem que houvesse uma explicação objetiva para esse fato – custo de logística, por exemplo – não cumpriu um dos preceitos da licitação que é comprar pelo menor preço.

As duas conclusões deveriam ter levado a Secretaria de Administração a, obrigatoriamente, cancelar a licitação.



Na segunda parte do relatório apresentado pela vereadora Andrea Gouvêa Vieira, a CPI concluiu que houve omissão, negligência e despreparo na fiscalização do contrato assinado com a empresa Milano, que reiteradamente entregou, durante todo o ano, carne bovina e frango fora das condições exigidas, trazendo complicações ao funcionamento já precário de muitas escolas, dificultando o preparo das refeições, e, em muitas ocasiões reduzindo a quantidade de alimento, principalmente carne e frango, no prato das crianças.

Depoimentos de merendeiras e o relatório das visitas às escolas feito pelo Conselho de Alimentação Escolar (CAE), enviado à CPI, comprovaram a omissão da Secretaria de Educação que, apesar da continuada e permanente reclamação das escolas, não se posicionou de forma adequada para exigir o cumprimento do contrato.

Ao contrário, disse a CPI, o total de multas, de R$ 8.330,28, ao longo do ano, num contrato de R$ 75 milhões, claramente induziu a empresa Milano a insistir na entrega do alimento fora dos padrões contratuais, diante de tão pequena penalização.

Documento em poder da CPI revelou que auditoria da Controladoria Geral do Município responsabilizou a Secretaria de Educação pela fragilidade no acompanhamento da execução do contrato, vindo ao encontro das conclusões da CPI.

O documento propôs as devidas ações para responsabilização civil e criminal dos infratores, em especial dos dois secretários – de Administração e de Educação, principais responsáveis, no mínimo, pela relapsia no trato da coisa e do dinheiro públicos. O primeiro, Índio da Costa, ao homologar uma licitação cujo resultado era evidentemente contrário ao interesse da administração; e a segunda, Sonia Mograbi, ao negligenciar por completo a fiscalização da execução do contrato. "Em ambos os casos, é de ser aferida tanto a responsabilidade pessoal dos secretários quanto a dos agentes a eles subordinados, quer na condução da licitação, que levou à elaboração do contrato, no caso da SMA, quer na fiscalização e acompanhamento da sua execução, no caso da SME".

Além do Ministério Público Estadual, a CPI encaminhou o relatório ao Ministério Público Federal, uma vez que parte dos recursos da merenda escolar são repasses de verba do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Também foram encaminhadas cópias do relatório à Delegacia de Polícia Fazendária, ao Tribunal de Contas do Município e à Prefeitura do Rio.

 Vereadora Andrea - PSDB-RJ

Há muito mais material sobre o tema na página da vereadora, repito, do PSDB, e nos jornais cariocas. Quem quiser – imagino que a imprensa queira – procurar, vai achar muito...



Fontes do post:



.

terça-feira, 29 de junho de 2010

A sociedade exposta em um mundo cada vez menos "privado"

Especialista vê "polícia secreta" na internet

Bancos de dados podem até prever novos casos amorosos, acredita professor

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
Folha de SP

Enquanto os membros do Facebook discutem as minúcias dos controles de privacidade de seus perfis, provedores de serviços on-line seguem silenciosamente construindo dossiês sobre as ações de seus usuários. Para Eben Moglen, professor de Direito na Universidade Columbia (Nova York) e diretor do Centro Legal para Software Livre, a tendência construiu uma "polícia secreta do século 21", que "tem mais dados do que agências de espionagem de regimes totalitários do passado". Moglen diz que é possível até prever quem terá um caso com quem só com base em dados do Facebook.

Folha - Somos nós que estamos nos expondo demais?
Eben Moglen - Não creio. É perfeitamente razoável pensar que o capitalismo do século 21 se baseie na descoberta de uma nova matéria-prima - a informação sobre nossas vidas privadas.

O objetivo de sites como o Google é a reorganização da publicidade para favorecer o consumo em estilo americano. Se você sabe o que as pessoas buscam, pode definir sua publicidade por isso.
E ferramentas como redes sociais [facebook, orkut, blogs, fotologs, sonico,  ...] sabem tudo sobre o consumidor.

As redes sociais espionam deliberadamente?

Sim, esse é seu negócio. A forma que encontraram de ganhar acesso à vida privada é oferecer páginas gratuitas e alguns aplicativos.
É uma péssima troca para o usuário - degenera a integridade da pessoa humana. É como viver num regime totalitário. 

Facebook diz que as pessoas querem compartilhar suas vidas e eles só facilitam.
Sim, é um ótimo argumento. É por isso que a "polícia secreta do século 21" não tortura nem executa, e sim oferece "doces". Nos ensinam a gostar disso.
Quando eu digo que o Facebook é capaz de prever com quem você terá um caso, não é modo de falar.
Em termos técnicos, o Facebook é simplesmente um grande banco de dados. Se dissermos a esse banco de dados: "me dê o log [dado arquivado] de todas as pessoas que checaram algum outro perfil mais de cem vezes hoje", teremos uma lista de pessoas obcecadas.
Mas o site está longe de ser o único - há milhares de bancos de dados na internet. 
[Para mim o maior banco de dados é o dos cartões de crédito, ali ficam registradas todas as compras que o usuário(a) fez e o que foi consumido, a partir dali dá para saber todo sobre ele(a). O que come, o que gosta de vestir, ler, assistir, as viagens ... não esqueçamos outro grande banco de dados que são os bancos]

Mas o Facebook é abertamente sobre exposição...
Toda a internet é sobre exposição. A diferença entre o que você pensa que está publicando e o que está de fato tornando público é na prática muito grande.

Praticamente todos os movimentos [entenda como movimento, cada acesso que você faz na  Internet, até mesmo as buscas feitas no Google] na rede estão arquivados em algum servidor externo, fora do controle do usuário. 
Fonte do post:



.

As marcas que estarão na final da Copa

Curioso é quando comparamos os confrontos das quartas de final pelas marcas das camisas das seleções:

Brasil e Holanda - Nike x Nike
Uruguai e Gana - Puma x Puma
[AQUI A SEMIFINAL SERÁ ENTRE NIKE x PUMA]


Argentina e Alemanha - Adidas x Adidas
Paraguai e Espanha - Adidas x Adidas
[JÁ AQUI A SEMI SERÁ ENTRE  ADIDAS x ADIDAS]

As seleções perdem, mas as marcas sempre ganham...

E a Adidas mais uma vez estará na final da Copa, como esteve em 74, 78, 82, 86, 90, 98, 2002 e 2006...



Fonte do Post:


.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

LULA - Indústria naval renasce das cinzas

http://midiacon.com.br/imgNoticias/2009/Set/11/politica_11091517.jpg

Luiz Inácio Lula da Silva*

A indústria naval brasileira chegou a ser a segunda maior do mundo, empregando, em 1979, 39 mil trabalhadores. Nas décadas seguintes, quando os navios e plataformas de exploração passaram a ser importados, o setor começou a definhar até quase virar pó, com o número de empregados caindo para 1,9 mil, no ano de 2000. Hoje, no entanto, a indústria naval está renascendo das cinzas. O setor já superou em muito o número de empregados da época áurea, empregando atualmente 46,5 mil trabalhadores.

Esta reviravolta fantástica está sendo proporcionada sobretudo pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), um dos principais projetos do PAC. As encomendas do Promef somam 49 navios de grande porte. As premissas do Promef são de que os navios devem ser construídos no Brasil e com índice de nacionalização de 65% na primeira fase e de 70% na segunda, além da exigência de que sejam competitivos internacionalmente.

No mês passado, nós participamos do lançamento ao mar do primeiro navio concluído: o João Cândido, construído pelo Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, com 274 metros de comprimento, duas vezes e meia a distância de uma trave à outra do campo do Maracanã. Na última quinta-feira, o segundo navio, o Celso Furtado, foi lançado ao mar no Estaleiro Mauá, em Niterói, no Rio de Janeiro. Nós estamos resgatando uma tradição cara ao nosso país, uma vez que este estaleiro foi fundado em 1846 pelo Barão de Mauá, pioneiro da indústria naval e do desenvolvimento industrial do nosso país.

A grande maioria dos trabalhadores do Atlântico Sul ganhava a vida como pescador, cortador de cana ou doméstica. Todos eles receberam formação em três fases, até a qualificação final para as atividades de soldador, caldeireiro, mecânico, montador e pintor. Não há nada que pague ver a expressão de felicidade estampada no rosto dos trabalhadores, pessoas que jamais imaginaram que um dia seriam capazes de construir um verdadeiro monumento, como é o navio João Cândido.

 O “Celso Furtado”, construído no Rio é lançado pela Transpetro
A retomada da indústria naval é irreversível. Além das encomendas atuais, não é difícil imaginar quantas encomendas serão geradas com o início da exploração do pré-sal. Além da revitalização dos antigos estaleiros e da construção, por exemplo, do Atlântico Sul, o Estaleiro Aliança, de Niterói, vai construir uma nova unidade em São Gonçalo (RJ); o Estaleiro Rio Grande, em Rio Grande (RS), construirá oito cascos de navios-plataforma para a Petrobras, e o grupo Wilson Sons anunciou, na semana passada, a construção de outro estaleiro na mesma cidade. Outros quatro serão instalados no país, para atender à demanda crescente: Paraguaçu, na Bahia, Eisa, em Alagoas, Promar, no Ceará ou Pernambuco, e Corema, em Manaus. Os reflexos desta verdadeira explosão da indústria naval estão se espraiando por toda a economia e beneficiando, direta ou indiretamente, todos os brasileiros.

*Presidente da República Federativa do Brasil

Fonte do Post:

Leia também:


.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Mais uma da Globo - A final do soletrando de 2008

Eu tinha assistido esta final. Havia visto o ocorrido com o tal infra-hepático  que prejudicaria a menina Thafne Toledo, mas não tinha notado o erro do garoto,  Eder Coimbra, e principalmente a "correção" feita pelo digitador tornando o erro do garoto em acerto favorecendo-o. Alías, nesta hora o garoto teria perdido a competição, pois havia errado.



Já que a globo favoreceu um mineiro, aproveito para mostrar outro favoreciemento que ela fez, e ainda vem fazendo, a outro mineiro, famoso politico, e que foi denunciado no exterior.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A Posição do ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos - SAE do Governo LULA é a de não assinar o Protocolo Adicional aos Acordos de Salvaguarda do Tratado de Não Proliferação Nuclear

No artigo abaixo, publicado no blog do Nassif (AQUI) e em Carta Maior (AQUI), o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães (foto), ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, expôs de forma contundente e muito bem fundamentada porque ele está convencido de que o Brasil não pode assinar o Protocolo Adicional aos Acordos de Salvaguarda do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), que os EUA tentam nos impingir usando a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). E impingir também aos demais países que voluntariamente renunciaram, de boa fé, ao desenvolvimento de armas nucleares e nunca deveriam ser penalizados agora por isso.

Para o ministro-chefe da SAE, a concordância com aquele protocolo a esta altura seria um crime de lesa-pátria, pois as propostas de centralização em instalações internacionais da produção de urânio enriquecido são instrumentos disfarçados de revisão do TNP (o Tratado de Não Proliferação Nuclear) no seu pilar mais importante para o Brasil – o direito de desenvolver tecnologia para o uso pacífico da energia nuclear. Foi uma das condições para o Brasil aderir ao TNP. Outra foi o desarmamento geral, tanto nuclear como convencional, dos estados nucleares (EUA, Rússia, China, França e Inglaterra), como ficou claro no decreto legislativo de 1998.

O tema é da mais alta relevância neste momento, não só por causa do debate na ONU agora, na nova conferência-revisão do TNP, mas ainda devido à posição unânime da grande mídia corporativa a favor da pura e simples submissão do Brasil aos interesses dos EUA – o que desejam também, não se sabe porque, alguns daqueles que conduziam a política externa no governo anterior (Luiz Felipe Lampreia, Celso Lafer, Rubens Barbosa, Rubens Ricúpero, etc).

Veículos da mídia têm tentado obsessivamente caracterizar a correta posição brasileira como sendo contrária ao TNP – ou favorável à proliferação nuclear. É o contrário: como deixou claro o ministro Samuel Pinheiro Guimarães, a adesão do Brasil, nos termos do documento citado, está vinculada ao entendimento de que, “nos termos do artigo VI (do TNP), serão tomadas medidas efetivas visando à cessação, em data próxima, da corrida armamentista nuclear, com a completa eliminação das armas atômicas”.

Como ainda destaca Guimarães, desde 1968, quando o TNP foi assinado, os países detentores de arsenais nucleares, sob variados pretextos, aumentaram seus gastos militares e ampliaram de forma extraordinária o caráter letal de suas armas – não só nucleares como convencionais. Ou seja, ao invés de cumprir, estão descumprindo ostensivamente as obrigações que assumiram no tratado. Só isso já seria o bastante para países na situação do Brasil resistirem à pressão pelo protocolo, forçando os donos de arsenais nucleares a recuar e passar a cumprir de fato o TNP.

A extraordinária relevância do artigo é ainda por incluir e discutir cada uma das questões envolvidas no debate – a crise ambiental, o uso pacífico da energia nuclear, as reservas do urânio e a tecnologia de seu enriquecimento -, algumas das quais de particular importância para nós, ainda que nem sempre para outros países. (Segue-se o artigo)
________________________________________

CATÁSTROFES AMBIENTAIS, ENERGIA

NUCLEAR E PROTOCOLO ADICIONAL


Samuel Pinheiro Guimarães

O acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera provoca o aquecimento global e suas catastróficas conseqüências. Cerca de 77% desses gases correspondem a CO2, dióxido de carbono, resultado inevitável da queima de combustíveis fósseis para gerar energia elétrica e para movimentar indústrias e veículos, desde automóveis a aviões e navios. Esta é a base da economia industrial moderna, desde a construção de uma máquina a vapor, capaz de girar uma roda, em 1781, por James Watt.

A redução das emissões de dióxido de carbono é essencial para impedir que a concentração de gases, que hoje alcança 391 partículas por milhão, ultrapasse 450 ppm. Este nível de concentração corresponderia a um aumento de 2ºC na temperatura, um limiar hoje considerado como o máximo tolerável, devido ao degelo das calotas polares e ao aquecimento dos oceanos – o que, ao ocorrer de forma gradual e combinada, levaria à inundação das zonas costeiras de muitos países, onde vivem cerca de 70% da população mundial.

Todavia, desde a assinatura do Protocolo de Quioto, em 1997, que estabeleceu metas para 2008-2012 de redução dessas emissões a níveis 5% inferiores àqueles verificados em 1990, a emissão de gases de efeito estufa aumentou. 70% da energia elétrica nos Estados Unidos é gerada por termoelétricas a carvão e gás; 50% da energia elétrica produzida na Europa é gerada por termoelétricas a carvão e a gás; 80% da energia elétrica chinesa tem como origem termoelétricas a carvão.

Em grande medida, a solução da crise ambiental depende, assim, da transformação radical da matriz energética, em especial das usinas de geração de eletricidade de modo a que venham a utilizar fontes renováveis de energia. Muitos dos países que são importantes emissores de gases de efeito estufa que teriam de transformar suas matrizes energéticas (responsáveis por 70% das emissões desses gases), não têm recursos hídricos suficientes (China, Índia, Europa etc.) ou não têm capacidade para gerar energia eólica e solar economicamente – fontes que, por serem intermitentes (a usina eólica funciona, em média, 25% do tempo e a solar somente durante período do dia) não asseguram continuidade de suprimento e nem sua energia pode ser armazenada. Mesmo a produção econômica de energia a partir da biomassa (etanol) se aplicaria mais à substituição de gasolina e diesel em veículos do que à produção de energia elétrica.

Resta, portanto, a energia nuclear como solução viável para a geração de energia elétrica em grande escala, uma vez que estão superados os problemas ambientais e de segurança. A energia nuclear, que hoje responde por 20% da energia elétrica produzida nos Estados Unidos; 75% na França; 25% no Japão e 20% na Alemanha, é produzida, como se sabe, a partir do urânio. Patrick Moore , fundador do Greenpeace, foi enfático ao declarar: “a energia nuclear é a única grande fonte de energia que pode substituir os combustíveis fósseis.”

81% das reservas de urânio conhecidas se encontram em seis países. O Brasil tem a 6ª maior reserva de urânio do mundo, tendo ainda a prospectar mais de 80% do seu território. A estimativa é de que o Brasil pode vir a deter a terceira maior reserva do mundo. Cinco companhias no mundo produzem 71% do urânio. O urânio na natureza se encontra em um grau de concentração de 0,7%. Para ser usado como combustível esse urânio tem de ser minerado, beneficiado, convertido em gás, enriquecido a cerca de 4%, reconvertido em pó e transformado em pastilhas, que é a forma do combustível utilizado nos reatores.

Esse processo industrial é extremamente complexo e apenas oito países do mundo detém o conhecimento tecnológico do ciclo completo e a capacidade industrial para produzir todas as etapas do ciclo. Um deles é o Brasil. O Brasil combina, assim, a posse de reservas substanciais, e potencialmente muito maiores, com o conhecimento tecnológico e a capacidade industrial além de deter a capacidade industrial que permitiria produzir reatores.

Apesar da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) prever um crescimento moderado da demanda por urânio enriquecido, o fato é que países como a China e a Índia precisarão de instalar capacidade extraordinária de usinas não poluentes para aumentar a oferta de energia elétrica sem aumentar de forma extraordinária suas emissões de CO2. A China planeja aumentar sua capacidade instalada total de geração de energia elétrica em 100.000 MW por ano, o que equivale a toda a atual capacidade brasileira.

Caso os países desenvolvidos não aumentassem sua produção industrial e pudessem assim ser mantidos os atuais níveis de geração de eletricidade e, portanto, de emissão de gases, e os grandes países emergentes também não aumentassem suas emissões atuais de gases (e, portanto, mantivessem sua produção atual, com crescimento econômico zero) o nível de limiar do aumento de temperatura, 2ºC seria atingido muito antes do previsto – e até ultrapassado.

Assim, é urgentemente necessário diminuir a emissão de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, manter o crescimento econômico/social elevado para retirar centenas de milhões de seres humanos da situação abjeta de pobreza em que vivem. Isto só é possível através da geração de energia elétrica a partir do urânio. Para gerar 1Kw de energia elétrica, uma usina a carvão gera 955 gramas de CO2; uma usina a óleo 818 g; uma usina a gás gera 446 g e a usina nuclear 4 g (quatro!) de CO2.

Oa grandes países produtores de energia, portanto, terão de mudar sua matriz energética, cuja base hoje são combustíveis fósseis, para utilizar combustíveis renováveis e não-fósseis como a energia nuclear – única que atende aos requisitos de regularidade, de suprimento, de economia e de localização flexível. Mas os extraordinários interesses das grandes empresas produtoras de petróleo, de gás e de carvão dos países que detém as principais jazidas desses combustíveis fósseis – carvão (Estados Unidos e China); gás (Rússia e EUA); e petróleo (Arábia Saudita, etc. – e os custos, difíceis de exagerar, de transformação de suas matrizes energéticas e de seus hábitos de consumo, tendem a influenciar as considerações dos técnicos que elaboram aquelas estimativas conservadoras da Agência Internacional de Energia – AIE, que prevêem o contínuo uso de combustíveis fósseis e um pequeno aumento de demanda por energia nuclear nos próximos anos.

Apesar de tudo, a deterioração das condições climáticas e fenômenos extremos farão com que a urgência de medidas de reorganização econômica se imponham, inclusive pela pressão dos cidadãos sobre os governos, apesar da contra-pressão dos interesses das mega-empresas. Assim, apesar daquelas estimativas modestas, o mercado internacional para urânio enriquecido será extremamente importante nas próximas décadas, caso se queira evitar catástrofes climáticas irreversíveis.

Certas iniciativas dos países nucleares, a pretexto de enfrentar ameaças terroristas, podem afetar profundamente as possibilidades de participação do Brasil nesse mercado. Tais iniciativas se caracterizam por procurar concentrar nos países altamente desenvolvidos a produção de urânio enriquecido e de impedir sua produção em outros países, em especial naqueles que detêm reservas de urânio e tecnologia de enriquecimento. Em outros países, que são a maioria, o tema não tem importância, e serve apenas para criar meios de pressão sobre os primeiros. Isto afeta diretamente o Brasil, do ponto de vista econômico e de vulnerabilidade política.

Por outro lado, esses países procuram restringir por todos os meios a transferência de tecnologia, procuram impedir o desenvolvimento autônomo de tecnologia e procuram conhecer o que os demais países estão fazendo, sem revelar o que eles mesmos fazem. O Protocolo Adicional aos Acordos de Salvaguarda com a AIEA, previstos pelo TNP (Tratado de Não Proliferação) é um instrumento poderoso, em especial naqueles países onde há capacidade de desenvolvimento tecnológico – caso do Brasil. Onde não há essa capacidade não tem o Protocolo qualquer importância, nem para os que dele se beneficiam (os Estados nucleares) nem para aqueles que a suas obrigações se submetem (os Estados não-nucleares que não detêm urânio, nem tecnologia, nem capacidade industrial e que são a maioria esmagadora dos países do mundo).

A concordância do Brasil com a assinatura de um Protocolo Adicional ao TNP permitiria que inspetores da AIEA, sem aviso prévio, inspecionassem qualquer instalação industrial brasileira que considerassem de interesse, além das instalações nucleares (inclusive as fábricas de ultracentrífugas) e do submarino nuclear, e tivessem acesso a qualquer máquina, a suas partes e aos métodos de sua fabricação, ou seja, a qualquer lugar do território brasileiro, quer seja civil ou militar, para inspecioná-lo, inclusive instituições de pesquisas civis e militares. Ora, os inspetores são formalmente funcionários da AIEA, mas, em realidade, técnicos altamente qualificados, em geral nacionais de países desenvolvidos, naturalmente imbuídos da “justiça” da existência de um oligopólio nuclear não só militar, mas também civil, e sempre prontos a colaborar não só com a AIEA, o que fazem por dever profissional, mas também com as autoridades dos países de que são nacionais.

O Protocolo Adicional e as propostas de centralização em instalações internacionais da produção de urânio enriquecido são instrumentos disfarçados de revisão do TNP no seu pilar mais importante para o Brasil, que é o direito de desenvolver tecnologia para o uso pacífico da energia nuclear. Esta foi uma das condições para o Brasil aderir ao TNP, sendo a outra o desarmamento geral, tanto nuclear como convencional, dos Estados nucleares (Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra), como dispõe o Decreto legislativo 65, de 2/7/1998: “a adesão do Brasil ao presente Tratado está vinculada ao entendimento de que, nos termos do artigo VI, serão tomadas medidas efetivas visando à cessação, em data próxima, da corrida armamentista nuclear, com a completa eliminação das armas atômicas”.

Todavia, desde 1968, quando foi assinado o TNP, os Estados nucleares, sob variados pretextos, aumentaram suas despesas militares e incrementaram de forma extraordinária a letalidade de suas armas não só nucleares como convencionais e assim, portanto, descumpriram as obrigações assumidas solenemente ao subscreverem o TNP. Agora tentam rever o Tratado para tornar a situação deles ainda mais privilegiada, com poder de arbítrio ainda maior, enquanto a situação econômica e política dos países não nucleares fica ainda mais vulnerável diante do exercício daquele arbítrio.

Ao contrário da maior parte dos países que assinaram o Protocolo Adicional, o Brasil conquistou o domínio da tecnologia de todo o ciclo de enriquecimento do urânio e tem importantes reservas de urânio. Só três países – Brasil, Estados Unidos e Rússia – têm tal situação privilegiada em um mundo em que a energia nuclear terá de ser a base da nova economia livre de carbono, indispensável à sobrevivência da humanidade. Aceitar o Protocolo Adicional e a internacionalização do enriquecimento de urânio seria, assim, um crime de lesa-pátria.
Fonte do Post:
.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dessa a globo não vai gostar

O Supremo Tribunal Federal deve julgar hoje uma ação interposta pelo PSol que propõe uma mudança radical na distribuição dos canais de televisão do país. O partido advoga que com a entrada em vigência da televisão digital, seria necessário fazer uma licitação para redistribuir todos os canais, já que a TV Digital seria um novo serviço, e não uma continuidade do anterior.A Procuradoria-Geral da República, instada a se manifestar sobre o tema, concordou com a tese do partido. 
 
 
 Fonte do post:
 
 
 
.

Dunga dá uma surra na TV Globo

por Rodrigo Vianna
ex-globo
A política suicida da Globo parece não ter limites. Primeiro foi na cobertura política. Depois de anos de esforço para superar a marca de emissora golpista e manipuladora (esse esforço se deu na gestão de Evandro Carlos de Andrade como Diretor de Jornalismo, e com a participação ativa de Amauri Soares na sucursal de São Paulo), a Globo mostrou as garras na eleição Presidencial de 2006 [a favor de Alckmin é claro]. Acompanhei tudo de perto; eu era repórter de política na Globo, e estive no grupo de jornalistas que internamente não aceitaram a linha de cobertura adotada pela emissora. Por causa disso, saí da Globo, e expus meus motivos numa carta interna aos colegas de Redação; carta essa que acabou vazando na internet – http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI1309377-EI6584,00.html.

Agora, a direção da Globo empurra a emissora para o suicídio também na cobertura esportiva. A Globo manda no futebol brasileiro. Isso todo mundo sabe. Muitos clubes sobrevivem da grana que a Globo adianta, como pagamento por “direitos de transmissão”. A Globo sempre teve, também, privilégios na cobertura da seleção brasileira. Todo jornalista sabe disso. Aqui na África do Sul, um colega lembrava da Copa da França, em que a Globo tinha uma “salinha” exclusiva para as entrevistas com jogadores. Tudo acertado com a CBF. As outras emissoras esperneavam, e a Globo manobrava nos bastidores. Com habilidade.

Pois bem. A atual direção da Globo resolveu explicitar as coisas. Fez um striptease público. Tudo porque o técnico Dunga decidiu acabar com as “salinhas” da Globo. No domingo, Dunga brigou com o Alex Escobar (comentarista da Globo). O motivo? Escobar queria entrevistas exclusivas com jogadores, e Dunga vetou. O jornalista Mauricio Stycer conta tudo aqui - http://copadomundo.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/06/22/globo-negociou-entrevistas-com-ricardo-teixeira-mas-dunga-vetou.jhtm.

No passado, a Globo manobraria nos bastidores, e talvez arrancasse alguma concessão de Dunga. Mas a arrogância (e a burrice) da atual direção da emissora não tem limites. Resolveram fazer um editorial contra o Dunga! É tudo muito didático para o público…

É como se houvesse um menino rico acostumado a comer sempre o primeiro pedaço do bolo nas festinhas da escola. Um dia chega o professor novo e diz: “você pode ser rico, mas aqui tem que pegar fila pra comer o bolo”. O menino rico, em vez de avisar o pai e manobrar em silêncio pela demissão do professor, resolve chorar no meio do pátio, e ainda pendura um manifesto na porta da escola: “eu sou rico, tenho direito ao primeiro pedaço do bolo”.

O menino rico, e mimado, joga a escola inteira contra ele. Talvez consiga a demissão do professor. Mas a comunidade inteira agora sabe que esses privilégios existem.

A Globo conseguiu isso. Na guerra entre Globo e Dunga, o Brasil fica ao lado do técnico.Vejam a enquete do UOL sobre o assunto: o Dunga dá uma surra na Globo – http://noticias.uol.com.br/enquetes/enquete.jhtm?id=8524#r
_______________________________________

TOMOU!Dunga dá de goleada na Globo terça-feira, 22 junho, 2010 às 16:48





O torcedor brasileiro tomou o lado de Dunga no conflito com a TV Globo, criado depois que a emissora não se conformou com o veto do técnico a entrevistas exlusivas.

Além das manifestações em diversas mídias sociais e a proposta do “diasemglobo” no próximo jogo do Brasil, os torcedores estão mostrando sua posição em enquete promovida pelo UOL com a pergunta “De que lado você está na guerra entre a Globo e o técnico Dunga?”

_____________________________________

O povo não aguenta mais a arrogância da Globo. Os Marinho vão pagar caro por ter dado poder a gente como Ratzinger e sua turma.

Mas o Dunga que se cuide. A Globo vai tentar triturá-lo. Diante da primeira derrota, ele será demolido. O Dunga devia bater um papo com o Lula…

Fontes do Post:
Leia mais um pouco do jogo sujo da Globo:
.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Jornal "o globo" omite a verdade sobre Dunga


por Luiz Carlos Azenha

Omitindo de seus leitores a informação principal — de que existe uma disputa de bastidores em torno do acesso exclusivo da TV Globo a jogadores da seleção brasileira –, o jornal O Globo abriu uma campanha mesquinha contra o técnico da seleção brasileira, Dunga, a começar da falsa manchete de primeira página: CBF teme que Fifa puna Dunga por palavrões. O factóide foi logo descartado pela própria Fifa, embora o jornal cravasse no texto de primeira página: “As reações destemperadas de Dunga durante e após a vitória sobre a Costa do Marfim puseram a CBF de sobreaviso. A entidade espera comunicado da Fifa com repreensão ou multa ao treinador por mau comportamento. Os dirigentes lembram que o técnico da Argentina, Maradona, foi multado e suspenso por xingar jornalistas nas eliminatórias”, dizia parcialmente a chamada.

Sob ela, um texto do colunista Bruno Mazzeo, com o título “Uma TPM que não passa”. E uma outra chamada: “Psicólogos analisam o técnico brasileiro”.

No caderno de esportes, sob o título “E se o destempero entrar em campo?”, O Globo diz que “psicanalista teme que atitude exaltada do treinador seja incorporada pelos jogadores”.

Diz o texto, assinado por Fernanda Thurler: “Antes de cada partida da Copa, os primeiros a entrar em campo são os que carregam a bandeira do jogo limpo. Mas tal espírito esportivo, tão valorizado no Mundial, parece que ainda não foi incorporado pelo técnico Dunga. Depois dos destemperos do treinador durante e depois da vitória, psicanalistas avaliaram como o comportamento de Dunga fora de campo pode prejudicar o trabalho dos jogadores dentro dele. Kaká, irritadiço e expulso no final da partida, foi um dos exemplos dessa nova cara da seleção”.

Seguem-se as opiniões de quatro “especialistas”, naturalmente condenando Dunga e apoiando a “tese” do jornal.

No editorial, sob o título de “Jogo Perigoso”, o jornal diz:

“Escolhido para técnico da seleção mais pelos dotes de disciplinador do que por qualquer talento específico na condução de um time de futebol, Dunga se notabiliza por descontrole e incivilidade no relacionamento com a imprensa. Se mesmo com as vitórias Dunga anda de mal com a vida, o que poderá acontecer se o hexa não vier? E não virá caso o técnico transmita para o time todo o seu desequilíbrio emocional. A seleção precisa ser protegida de Dunga”.

Repetindo: O Globo omite de seus leitores a disputa em torno do acesso da TV Globo aos jogadores da seleção brasileira.

E pinta Dunga como uma espécie de Freddy Krueger, do qual a seleção brasileira precisa ser protegida a qualquer custo.


Fonte do Post:

Leia também:
 
 

.

Depois do "Cala a boca Galvão" agora chega ao topo do twitter o "Cala boca Tadeu Schimidt"


Algum problema ?


O Conversa Afiada reproduz texto de Stanley Burburinho, o implacável caçador de iniquidades, e informa que o “Cala boca Tadeu Schmidt” segue no topo do Twitter do Brasil nesta terça-feira.

Crítica a Dunga leva “Cala boca Tadeu Schmidt” ao topo no Twitter

21/6/2010
Da Redação

Os internautas brasileiros ficaram irritados com a crítica de Tadeu Schmidt a Dunga, depois que o técnico xingou o repórter da TV Globo, Alex Escobar, de “cagão”. No Fantástico deste domingo, o Schmidt disse que Dunga tem uma postura “incompatível” com seu papel na Seleção.

Inspirados no “Cala Boca, Galvão”, os twitteiros lançaram o “Cala boca Tadeu Schmidt”, que nesta segunda-feira (21/06) ocupa o primeiro lugar no Trending Topics do microblog. Alguns estrangeiros até questionam se o termo seria uma nova campanha para salvar pássaros, explicação falsa usada pelos brasileiros para explicar o “Cala Boca, Galvão” aos twitteiros de outros países.





“Xingou o técnico, é jornalismo; xingou os jornalistas, é crime contra a liberdade de imprensa. CALA BOCA TADEU SCHMIDT”, foi uma das mensagens mais retwittadas.

Clique aqui para ler a matéria no Comunique-se

Clique aqui para ler sobre o "Cala boca Galvão no twitter"


Fonte do Post:

.

Mais uma do PIG - O bastidor da disputa entre a "Grobo" e Dunga


 Do Blog Vi o Mundo
via Blog Conversa Afiada
O Conversa Afiada reproduz texto do Vi o Mundo, de Luiz Carlos Azenha:
O bastidor da disputa de Dunga com a Globo e o caso Luxemburgo


Eu, Azenha, não gosto da filosofia de Dunga como técnico da seleção brasileira. Acho que ele enfatiza demais a defesa e que despreza a principal característica do futebol brasileiro, que é jogar bonito e jogar no ataque. Como notou um comentarista, Dunga fez a gente acreditar que time que joga bonito perde. Será desmentido por Dorival Jr., o técnico do Santos, com um elenco infinitamente mais barato que aquele que serve à seleção.

Dito isso, não acho que a TV Globo esteja preocupada com a filosofia de Dunga. A emissora quer ganhar dinheiro. E, se para ganhar dinheiro for preciso causar a derrota da seleção na África do Sul, que assim seja! É um golpe menor diante daqueles que já foram praticados pela emissora. É óbvio que a Globo “edita” a polêmica de acordo com seus interesses comerciais. E a isso chama de “jornalismo”. Na reportagem de O Globo, que reproduzo abaixo, por exemplo, o jornal omite as reais causas da disputa e tenta misturar xingamentos de Dunga a jogadores da Costa do Marfim com os palavrões balbuciados pelo treinador na entrevista coletiva, um comportamento de Dunga que considero grotesco.

_______________________________
A seguir, uma coletânea de textos para
entender melhor os bastidores da disputa:

22/06/2010 – 06h37
Globo negociou entrevistas com Ricardo Teixeira, mas Dunga vetou
Mauricio Stycer, no UOL
Em Durban (África do Sul)

Por trás do incidente entre Dunga e o jornalista Alex Escobar, da Rede Globo, durante a entrevista coletiva no Soccer City, logo depois da vitória do Brasil sobre a Costa do Marfim, esconde-se uma história que revela o alcance do poder do técnico da seleção brasileira.

O UOL Esporte apurou que a Globo negociou diretamente com Ricardo Teixeira, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), entrevistas exclusivas com três jogadores da seleção, entre os quais Luis Fabiano. As entrevistas iriam ser exibidas durante o programa “Fantástico”, no domingo, horas depois da partida contra Costa do Marfim, vencida pelo Brasil por 3 a 1. Dunga vetou o acerto.

O incidente entre Dunga e Alex Escobar ocorreu quando o jornalista conversava ao telefone com o apresentador Tadeu Schmidt exatamente sobre este assunto. O técnico percebeu o que ocorria e perguntou: “Algum problema?” Escobar respondeu: “Nem estou olhando para você, Dunga”. O técnico replicou em voz baixa, o suficiente para ser captado pelo microfone à sua frente: “Besta, burro, cagão!”

Diversos jornalistas na sala de entrevistas ouviram Escobar desabafar: “Insuportável, bicho, insuportável. O Rodrigo (Paiva) foi revoltado lá falar comigo, cara. O Dunga não deixou. Ninguém. Caraca, nem o Luís Fabiano. Infelizmente. Valeu, Tadeuzão”.

Muitos também notaram que Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF, fez o gesto de quem soca a parede a certa altura da entrevista coletiva. Paiva tem tentado se equilibrar entre o atendimento à imprensa e o respeito às exigências de Dunga. No cargo há nove anos, gentil com todos os jornalistas, o assessor dá sinais cada vez mais evidentes de reprovação à política de clausura imposta pelo técnico.

Horas depois do incidente, durante o “Fantástico”, Schmidt falou: “O técnico Dunga não apresenta nas entrevistas comportamento compatível de alguém tão vitorioso no esporte. Com frequência, usa frases grosseiras e irônicas”. O jornalista da Globo não mencionou, no entanto, o motivo do atrito, ou seja, a recusa do técnico em aceitar um acordo feito entre o presidente da CBF e a emissora.

******************

22/06/2010-07h16
Dunga corta privilégios da TV Globo

EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL


A briga entre Dunga e a Rede Globo, escancarada pela emissora na noite de anteontem no programa “Fantástico”, é mais um capítulo de uma disputa inédita por mais acesso à seleção brasileira.

Ao longo dos últimos dois anos, o treinador encerrou décadas de privilégios da TV e partiu para o confronto.

Nesse caminho, acumulou palavrões contra profissionais da emissora, pediu a cabeça de desafetos no canal e se colocou no papel de censor e crítico de reportagens.

Os primeiros pedidos da emissora negados por Dunga datam de maio de 2008, quando o Brasil fez um amistoso com a Venezuela em Boston. Na ocasião, o técnico vetou a participação de Diego e Robinho em programa.

O choque ganhou força na Olimpíada de Pequim, quando o treinador passou a acreditar que jornalistas que faziam a cobertura da sua equipe, especialmente alguns da Globo, torciam contra o Brasil e queriam sua demissão.

Ao ganhar a medalha de bronze do torneio, virou-se para a tribuna onde estavam repórteres de vários veículos e fez xingamentos parecidos com os do último domingo –contra o jornalista da Globo Alex Escobar, no Soccer City, durante a entrevista da Fifa, após a vitória de 3 a 1 sobre a Costa do Marfim.

Dunga resistiu ao fracasso olímpico, passou a acumular bons resultados e ganhou força para perseguir seus desafetos, inclusive na Globo.

O ápice da disputa aconteceu quando pediu a demissão de Mário Jorge Guimarães, um dos principais profissionais da emissora até então na cobertura da seleção.

Guimarães acabou deixando suas funções na Globo e assumiu um cargo executivo no Sportv, canal esportivo por assinatura da empresa.

No ano passado, no próprio Sportv, Dunga atacou sem rodeios a cobertura que a emissora fazia sobre o time.

Criticou reportagem do jornalista Mauro Naves, outro que esteve em Pequim, em que o profissional descrevia um treino da equipe como “leve” –Dunga detesta quando alguém fala que seu time não treinou pesado.

Falcão, um dos principais comentaristas da emissora, é outro profissional da Globo na lista negra do técnico.

Em maio, no dia em que anunciou os 23 jogadores que iriam ao Mundial, Dunga fez rara deferência à emissora e concedeu entrevista ao vivo no “Jornal Nacional”, dando sinais de uma trégua.

Na Copa, porém, a relação se deteriorou rapidamente depois que Robinho, em dia de folga, falou com a TV em um shopping –foi obrigado a pedir desculpa ao elenco.

O ataque de anteontem foi a gota d’água, motivando a resposta da Globo, que deve azedar ainda mais uma relação que já foi umbilical.

**********

Fifa não vai punir Dunga pelos xingamentos após o jogo contra a Costa do Marfim pela Copa

Publicada em 22/06/2010 às 07h43m
Fábio Juppa, em O Globo,
via Stanley Burburinho

JOHANNESBURGO, África do Sul – A Fifa não vai punir o técnico Dunga pelos acontecimentos após o jogo contra a Costa do Marfim, na segunda rodada da Copa do Mundo. Segundo Pekka Odriozola, do departamento de mídia da entidade, a entidade não encontrou motivos para abrir processo disciplinar contra o treinador da seleção brasileira.

Após a vitória da seleção por 3 a 1 , as câmeras de TV flagaram Dunga xingando os jogadores da Costa do Marfim, em especial o atacante Drogba. Em seguida, na entrevista coletiva, o técnico xingou o jornalista Alex Escobar porque achou que o repórter da TV Globo estava discordando de um comentário dele.

A CBF temia que Dunga recebesse uma advertência ou mesmo fosse multado por causa das atitudes do técnico em campo.

Questionado sobre a punição que o técnico da Argentina, Diego Maradona, sofreu após o jogo contra o Uruguai pelas Eliminatórias da Copa, Odriozola foi lacônico.

- Não posso comentar isso. Não foi estabelecida nenhuma comparação com o caso do Maradona. O que se pode dizer é que a Fifa não encontrou motivo para punir o Dunga – disse Odriozola durante a reunião do comitê organizador da Fifa que aconteceu no Soccer City, em Johannesburgo.

Após a classificação da Argentina para a Copa, Maradona, ainda no campo e também mais tarde na coletiva, xingou os jornalistas. Ele vinha sendo muito criticado pelo desempenho da seleção. Pelos xingamentos, o treinador ficou dois meses suspenso, tendo sido impedido de acompanhar o sorteio dos grupos da Copa do Mundo. Maradona também teve que pagar 25 mil francos suíços (cerca de R$ 42 mil).

************

21 de junho de 2010

Há dois anos, Dunga anunciava “área de desconforto” com a Globo

Por Luciano Borges, no Terra Magazine

A saia justa entre o técnico Dunga e a Rede Globo é antiga. Há exatamente dois anos, em entrevista exclusiva ao Blog do Boleiro, o treinador dizia que tinha criado uma “área de desconforto” para os profissionais da emissora.

O tempo passou, as relações se tornaram melhores, Dunga comentou a convocação para a Copa do Mundo no Jornal Nacional, com exclusividade. Na coletiva depois da vitória sobre a Costa do Marfim, ele cismou que estava sendo ironizado pelo jornalista Alex Escobar. Foi agressivo e aplicou o método Dunga de chamar para a briga: xinga baixinho, olhando para o oponente.

O método de Jorginho é diferente. Mal chegou à África do Sul e já partiu para o ataque na primeira coletiva, pedindo que os críticos de plantão se manifestassem na entrevista. Se esta postura de confronto serve para animar o time em campo, não se tem certeza. Os atletas têm mostrado mais equilíbrio do que a chefia. Tratam os repórteres com cortesia, mas fogem da polêmica sempre que podem.

A primeira vez em que Dunga tornou público o conflito com a Globo, aconteceu dois dias depois do empate entre Brasil e Argentina (0 a 0), no dia 19 de junho de 2008. Naquela partida, Dunga ouviu a torcida no Mineirão cantar “Adeus Dun-ga, Adeus Dun-ga”. E soube que tinham feito leitura labial do que falou no banco de reservas.

____________________________________
Veja o que Dunga disse na época e constate que pouca coisa mudou:
  • Dunga, como você está?
  • Tranqüilo. Estou puto, mas estou tranqüilo. Sei que querem a minha cabeça porque criei uma zona de desconforto para quem estava acostumado a cobrir a seleção brasileira sem sair de casa. Porque tinham a escalação, o time, as preferências do treinador. Mas isto mudou.
  • De quem você está falando?
  • Queira ou não queira, a poderosa manda e os caras que trabalham para ela acham que mandam. Não digo que seja a TV Globo, mas alguns profissionais que trabalham lá e estavam acostumados com privilégios e não têm mais. Lá nos Estados Unidos, vieram pedir para entrevistar um jogador à uma da manhã. Disse não. Eles foram à loucura. Um câmera ficou dizendo que ia falar com A, B ou C, mas falei que não. Não tenho culpa se os caras chegaram atrasados em três dos quatro treinos que dei. Não é meu problema se o cara perdeu a hora passeando no shopping. E eu disse para o cara: “Não vai jogar a responsabilidade em cima de mim”. Depois dizem que o Dunga é carrancudo. Tenho senso de justiça.
  • As relações entre você e os jornalistas estão estremecidas?
  • Comigo, os repórteres perguntam tudo e eu respondo tudo. O que fiz foi atender o que 95% da mídia pediu e 100% da população brasileira queria: coloquei ordem, acabei com a festa que foi na Copa do Mundo de 2006. E estou atendendo o que o meu patrão determinou.

_______________________________
Mas a reclamação não é só dos profissionais da Globo.
Veja como são as coisas. Os caras que a vida toda reclamaram dos privilégios de uma emissora, agora se juntam com ela para meter o pau. Quem reclamava das tendas de algumas tevês que cobriam os treinos e faziam entrevistas na hora que queriam, agora tem tratamento igual. Mesmo assim, reclamam. Mas não vou dar nada para ninguém. Mas está tudo dez. Sei que os caras vão fazer leitura labial comigo, mas não mudo de posição. Estou tranqüilo.

***********

Luiz Antônio Prosperi

“Globo x Luxemburgo: só tensão“
 copyright Jornal da Tarde, 11/09/00,
via blog do Evaldo Novelini

As relações entre a TV Globo e Wanderley Luxemburgo são tensas. O Departamento de Esportes da empresa não concorda com os métodos de trabalho que o técnico vem empregando na Seleção. A crise se acentuou com as denúncias contra o treinador e a campanha da emissora para que Romário disputasse a Olimpíada de Sydney. Ao final dos Jogos, espera-se por uma nova e talvez definitiva batalha entre Globo e Luxemburgo.

No conflito declarado entre o técnico da Seleção e a emissora, passa a hegemonia do futebol no Brasil. A teia da Globo é vasta, tem sob contrato de exclusividade os campeonatos mais importantes do País e o Clube dos 13, associação dos principais clubes brasileiros. Falta a exclusividade da Seleção.

Na era Luxemburgo,  que começou em 1998, a Globo não vem encontrando as mesmas regalias que tinha na era Zagallo (1994 a 98). Quando Zagallo era o técnico, nos intervalos dos jogos e logo após o apito final, ele procurava o repórter da Globo para uma rápida entrevista exclusiva. Era, no mínimo, um acordo de cavalheiros. Nunca técnico e emissora divulgaram se havia um contrato entre as partes.

Alguns jogadores importantes, como Ronaldinho (Inter de Milão), também procuravam o microfone da Globo antes e durante a Copa do Mundo de 98 para entrevistas exclusivas. Agentes dos atletas informaram que aqueles jogadores também tinham “acordo de cavalheiros”.

Quando Luxemburgo assumiu a Seleção, a Globo perdeu a exclusividade. O vaidoso técnico procura todas as emissoras. Quanto mais tempo no ar e em diferentes canais, melhor. Pode ser nos intervalos, encerramento das partidas, pouco importa.

A Globo não gostou. A crise ficou evidente no intervalo do jogo entre Chile e Brasil, em Santiago. A Seleção estava sendo humilhada. Tino Marcos, repórter da Globo, correu atrás de uma declaração de Luxemburgo e tudo o que ganhou foi um empurrão. Foi a gota d’água para a emissora abrir fogo contra o treinador.

Entrevista fatal – Tino Marcos, em seguida, conseguiu a entrevista exclusiva com Renata Alves, ex-funcionária de Luxemburgo que denunciou o escândalo da sonegação fiscal. A matéria foi levada ao ar no Jornal Nacional. Na mesma semana, o programa No Mundo da Bola, da rádio Joven Pan, informou que Renata havia cobrado R$ 20 mil pela entrevista.

Na semana seguinte à entrevista no JN, Renata deu entrevista à CBN, rede de rádio das Organizações Globo, afirmando que daria nova entrevista a Tino Marcos, quando então divulgaria documentos provando que Luxemburgo ganhava dinheiro com a venda de jogadores. Essa entrevista ainda não foi ao ar.

Fontes do JT garantem que a Globo não teria colocado a denúncia no ar para não tumultuar a Seleção Olímpica na Austrália. A rede teme ser responsabilizada pelo eventual fracasso do time nos Jogos. O petardo seria reservado para o retorno de Luxemburgo ao Brasil, uma espécie de “pá de cal” para abreviar a passagem do técnico pela Seleção.

Luxemburgo não esconde o conflito com a Globo. Nos dias que antecederam o jogo contra a Bolívia, o técnico teve duas ásperas conversas com Tino Marcos. O caso chegou a Luis Fernando Lima, diretor de Esportes da TV Globo.

Ex-repórter, o gaúcho Lima não engole Luxemburgo.

Nos bastidores da Seleção, mais evidente na campanha das eliminatórias, Luxemburgo vem mantendo uma relação tensa com a Globo. Da emissora, apenas o repórter Mauro Naves e o locutor Galvão Bueno gozam da simpatia do técnico.

Aliás, Galvão viveu uma noite tensa no último dia 2, véspera do jogo Brasil e Bolívia, no Rio. O locutor foi informado que o Jornal Nacional iria explorar a denúncia da revista Época, uma publicação da Globo, sobre o caso do “gato” de Luxemburgo, que tem duas datas de nascimento em seus documentos. Conversou com o treinador e com pares da Comissão Técnica da Seleção em busca de uma saída para a crise.

Naquela noite, Galvão e a reportagem do JT receberam indicativos de que Luxemburgo entregaria o cargo. Um telefonema de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, ao técnico adiou a sentença final. Teixeira deu uma trégua ao treinador “vai durar até pelo menos o fim da Olimpíada” ou o fim do Brasil nela.

Pressão inútil – Dentro da Comissão Técnica da Seleção, suspeita-se que se Romário fosse convocado para a Olimpíada a Globo desistiria da pressão contra Luxemburgo. Nas duas semanas que antecederam a convocação final dos Jogos Olímpicos, a Globo, na maioria dos seus programas de esportes e até no Fantástico, fez uma acirrada campanha favorável à convocação do atacante do Vasco. A conta é simples: com Romário na Seleção o `ibope’ sobe.

“Recebemos um recado de um grande editor, um chefão da imprensa, dizendo para levarmos o Romário para a Olimpíada porque assim criaríamos um fato novo e todos esses supostos escândalos seriam abafados, esquecidos”, confidenciou uma fonte próxima da Comissão Técnica da Seleção e da cúpula da CBF.

Luxemburgo não levou Romário. Ele e Ricardo Teixeira pagaram para ver.

Aguardam o desfecho da Olimpíada para ver o que pode ocorrer. O técnico sabe que está na berlinda. Sabe também que a crise que se instalou na Seleção Brasileira passa pela disputa da audiência e vendagem de jornais, em especial no Rio.

O primeiro jornal a denunciar o caso da sonegação com as acusações de Renata foi O Dia. Com tiragem de 320 mil exemplares diários, o jornal disputa a faixa do mercado com o jornal Extra, que superou o concorrente com 380 mil/dia. O Extra pertence às Organizações Globo e entrou firme no caso Luxemburgo. Este mesmo jornal é sócio da Federação do Rio de Futebol na organização do Campeonato Carioca, que nas últimas edições tem como estrela solitária o eterno Romário.





Fontes do post:


.

Marina da Silva é a Heloísa Helena da vez

Para quem acredita na Marina e suas pretensões à presidência é bom dar uma olhada na foto abaixo que mostra a parceria do PV e PSDB do Rio. Assim como Heloísa Helena, que foi usada na campanha Presidencial de 2006 para tirar votos de Lula, a Marina está sendo usada na campanha deste ano para retirar votos de Dilma. Falando disto, cadê a Heloísa Helena? era Senadora, resolveu servir de "estepe" para o Geraldo Alckmin e ....

O interessante é que os tucanos estão abandonado a parceria com o PV no Rio, leia aqui.



No mundo político há a situação, a oposição e a massa. Situação e oposição os próprios nomes já deixam claro o que são. A situação é o grupo político que está no poder e a oposição é os que perderam e almejam o poder. Já a massa, como o próprio nome diz é algo a ser modelado, normalmente com cara de palhaço, e o rolo de modelagem sempre foi a mídia hoje apelidada de PIG. Só para terem uma idéia, para o pessoal do Jornal Nacional, os seus telespectadores são similares ao Homer Simpson. Isso mesmo... ao Homer...





Portanto escolha de que lado você vai querer ficar, só espero que não seja ao lado de Homer Simpson, e boa sorte!

domingo, 20 de junho de 2010

Como são as obras do "jestor" zé serra

sábado, 19 de junho de 2010

A demagogia de Serra e a farsa da redução do valor dos contratos: o caso do Rodoanel


O governo Serra sempre alardeou que conseguiu renegociar e reduzir em R$ 630 milhões o valor dos contratos públicos do Estado.

Essa afirmação não se sustenta no tempo. Para variar, os tucanos nunca tornaram pública esta lista com os contratos renegociados.

O maior exemplo da demagogia de Serra se encontra nos contratos do Rodoanel (trecho sul).

Em abril de 2007, o governo do Estado firmou o primeiro aditivo que reduziu os contratos em 4%, ou quase R$ 100 milhões. Este aditivo alterou o regime de execução, passando do modelo de ‘empreitada por preços unitários’ para ‘empreitada por preço global’, permitindo que as empresas recebessem um novo valor contratado mesmo que a obra alcançasse um valor menor ao seu final.

Este novo regime de execução fez com que as empresas começassem a reduzir custos com os materiais utilizados.

O Tribunal de Contas da União apontou que várias pontes e viadutos que constavam do projeto da obra não foram realizados, tudo para reduzir o custo da obra e aumentar o lucro das empreiteiras. O pavimento rígido de concreto, inicialmente previsto, foi substituído por pavimento asfáltico, aproximadamente 30% mais baratos.

Além disto, para ajudar a empresas, o governo fez a contratação de serviços não previstos nestes contratos no valor de R$ 244 milhões.

Os serviços seriam de remoção, transporte e destino apropriado de materiais tóxicos ou perigosos, remanejamento e implantação de redes de água e esgoto, implantação de praças e equipamentos para pedagiamento, a execução de novas faixas de tráfego na interseção com a Rodovia Anchieta e novas passarelas, não previstas no projeto de referência para licitação.

Estes serviços, não previstos no contrato original, foram realizados sem a prévia publicidade e formalização de aditivos, mantendo-se ilegais. De acordo com a auditoria do TCU, esta situação poderia levar à anulação do contrato.

Nos termos da auditoria do próprio TCU, “as obras executadas sem o abrigo de aditivos previamente publicados colidem com as regras e princípios constitucionais, notadamente a legalidade, a moralidade, a impessoalidade e a publicidade.”

A execução do contrato do Rodoanel (Trecho Sul) mostra bem que esta pretensa economia com a redução dos contratos, na verdade, representou uma forma disfarçada de aumentar os lucros das empresas e dar prejuízo aos cofres públicos.

Diante dessas graves irregularidades denunciadas pelo TCU, o Ministério Público Federal promoveu um Termo de Ajustamento de Conduta, levando a um novo aditamento no valor de R$ 264 milhões. Com isto, os contratos ficaram R$ 165 milhões mais caros que o valor previsto, ou seja, a pretensa redução do contrato deixou de existir.

Mais ainda, os cinco consórcios responsáveis pelos lotes da obra já entraram na Justiça e cobram mais de R$ 300 milhões referentes a um alegado prejuízo. Segundo as empreiteiras, os custos aumentaram uma vez que tiveram que apressar as obras, a fim de entregá-las, ainda que de forma incompleta, antes da saída do governador José Serra para sua candidatura à presidência da República.

Em números gerais, a obra do Rodoanel (trecho sul) ficou em aproximadamente R$ 5,3 bilhões, mas segundo a auditoria do TCU, seu valor original estava orçado em R$ 3,9 bilhões. Este crescimento de R$ 1,4 bilhão representou um aumento de 35% acima do valor projetado inicialmente.


Fonte do Post:

Veja mais sobre o "jestor":

.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

PiG vai ajudar a pagar aumento de aposentado

Falam mal dos aposentados, mas não pagam o que devem a eles


Saiu no blog ‘Os Amigos do Presidente Lula’ (clique aqui para acessar):

Ministro da Previdência quer acelerar cobrança do calote da Globo e do PIG

O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, comentando sobre o reajustes de 7,72% nas aposentadorias do INSS de quem ganha acima do salário mínimo, disse que pretende compensar o pagamento a mais com a cobrança sobre devedores da previdência. Ele disse que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem R$ 400 bilhões em dívida que podem cobradas.

No início do ano, algumas das empresas mais caloteiras com a previdência, eram:

- Infoglobo (das Organizações Globo) com dívidas de R$ 17.664.500,51

- Editora Globo S.A.: R$ 2.078.955,87

- Editora Abril: R$ 1.169.560,41

- Rádio e Televisão Bandeirantes: R$ 2.646.664,15

– Folha da Manhã S.A. (Folha de São Paulo):
R$ 3.740.776,10

– O Estado de São Paulo (Estadão): R$ 2.078.955,87



Fonte do Post:
Leia mais sobre as ações da mídia nativa conhecida como PIG:



.