sábado, 10 de abril de 2010

A volta dos Brasileiros que trabalhavam no exterior

Uma das melhores notícias da vida nacional dos últimos tempos: para a construção de seus navios, o Estaleiro Atlântico Sul, de Suape, foi buscar no Japão trabalhadores brasileiros qualificados. Já trouxe 82 e deverá trazer 200. Pela primeira vez, desde o final do século passado, quando a ruína nacional levou milhões de brasileiros a emigrar, registra-se um movimento inverso.

É notícia boa em estado puro. Em primeiro lugar, porque os navios da Petrobras estão sendo fabricados em Pindorama. Como faltam operários especializados no mercado brasileiro, uma indústria pode ir ao Japão buscar trabalhadores que deixaram o país em busca de oportunidades. Se a Petrobras continuasse comprando os seus barcos e plataformas no exterior (com era feito na era FHC), um estaleiro nacional jamais precisaria de soldadores. Aliás, nem de estaleiro se precisaria. (O EAS tem uma encomenda de 22 navios e do casco da plataforma P-55.) 

Tudo isso é fruto da inversão de investimentos que a Petrobrás vem fazendo desde que Lula tomou posse em 2003. 


Fazer sondas no exterior geram economia de US$ 100 milhões, e a opção de construir no Brasil gera tecnologia, emprego, renda e desenvolvimento.
 Presidente Lula, 02 de setembro 2008.

As encomendas, da Petrobras, de plataformas, sondas, petroleiros e embarcações que podem chegar a U$ 40 bilhões até 2012.  Além de 26 novos petroleiros que estão em fase de negociação e licitação, a Companhia recebe, em agosto, propostas para a construção de oito cascos em série para navios-plataformas que vão operar em Tupi. “Primeiro tivemos o boom do ressurgimento da indústria naval brasileira, após 20 anos sem encomendas(…). Agora são os novos investidores nacionais e internacionais de olho nas oportunidades que o País oferece”, afirmou o presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
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De volta ao País, administradora demorou só um mês e meio para conseguir um emprego

Márcia De Chiara – O Estado de S.Paulo


Faz uma semana que a administradora de empresas Amanda Micali, de 27 anos, começou a trabalhar na Camargo Corrêa Cimentos na área de inovação. Depois de passar um ano na Austrália fazendo uma pós-graduação na área de gestão empresarial, ela diz que não esperava se recolocar no mercado tão rapidamente.

“Comecei a mandar meu currículo para as empresas depois do carnaval”, conta.. Nesse período, além da proposta da Camargo Corrêa, ela recebeu outras ofertas de emprego, a maioria de indústrias.

Amanda chegou a conversar com a Sadia, com a Unilever, com uma nova empresa de cosméticos que está chegando ao País e uma consultoria. “Logo percebi que o mercado de trabalho está bem aquecido”, diz Amanda, que saiu do Brasil quando a crise começou.

Ela explica que escolheu trabalhar na cimenteira porque se trata de um projeto novo, que pode envolver relacionamento com clientes, por exemplo, para vender um produto que, na prática, é uma commodity. “Não imaginava que um dia iria trabalhar numa fabricante de cimento.”

Antes de ir para a Austrália, a administradora de empresas foi funcionária de uma indústria de bebidas. Na empresa anterior, onde trabalhou na fase pré-crise, o seu salário era de 10% a 15% menor em relação ao que vai receber agora.

Além do salário maior, Amanda diz que terá mais benefícios, como plano de carreira e a perspectiva de se desenvolver numa área internacional. Neste ano, a Camargo Corrêa Cimentos comprou um terço da participação da cimenteira portuguesa Cimpor.


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