sexta-feira, 30 de julho de 2010

A INFRAERO, a ANEI e Serra

A ANEI (Associação Nacional dos Empregados da Infraero) emitiu nota contra as declarações José Serra (PSDB/SP). Segue a íntegra:

           A ANEI além de lamentar a atitude antiética do presidenciável José Serra na sua campanha "política", REPUDIA as declarações MENTIROSAS e DESRESPEITOSAS do candidato. O que necessita esclarecer é se o candidato é MAL INFORMADO ou MAL INTENCIONADO...

A ANEI lamenta que um candidato à Presidência da República fale sobre o setor de infraestrutura aeroportuária, principalmente sobre a estatal 100% brasileira - INFRAERO, 2ª maior empresa operadora de aeroportos do mundo, que há 37 anos administra os principais aeroportos do país, sem um mínimo de coerência em seu discurso. Afirmar que a Infraero está toda loteada politicamente é faltar com a verdade, é desrespeitoso ao corpo gerencial da empresa, à sociedade brasileira, além de revelar despreparo do aspirante que seja.

A INFRAERO é uma Empresa Pública de direito privado, dotada de patrimônio próprio, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério da Defesa, atua na construção, implantação, administração, operação e exploração industrial e comercial de aeroportos, apoiando a navegação aérea e realizando atividades correlatas atribuídas pelo Governo Federal. Assim, no intuito de atualizar as informações para os candidatos e para os críticos, pontuamos o seguinte:

Primeiro:

O Estatuto da INFRAERO admite contratos, a termo e demissíveis "ad nutum", profissionais para exercerem funções de assessoramento totalizando um limite máximo de doze Assessores. Desta forma, a estatal NÃO possui um Diretor sequer, um Superintendente sequer, um Gerente sequer que não sejam orgânicos. Portanto, a infeliz declaração do candidato não espelha a verdade sobre uma gigante empresa que tem dado bastante orgulho aos brasileiros.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Morre o locutor do Reporter ESSO.

Edson Almeida estava internado desde 1º de maio com problemas renais. Corpo dele foi sepultado nesta terça-feira, em Paulista (PE).

O radialista Edson Almeida morreu, na segunda-feira (26), aos 86 anos, no Hospital Português, no Recife, onde estava internado desde 1º maio, com problemas renais. Segundo informações do hospital, ele estava em uma unidade de terapia intensiva (UTI).

Na década de 1960, Almeida ficou conhecido como o locutor do programa Repórter Esso no rádio e na televisão. Ele deixou o radialismo, se formou em medicina veterinária e em agronomia e atuou como professor de parasitologia na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), onde se aposentou em 1985.


O corpo dele foi sepultado na manhã desta terça-feira (27), no Cemitério Morada da Paz, em Paulista (PE).


Fonte do post:



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Depois de desmascarado pela blogosfera, Serra diz: "Não fui eu quem inventei genérico"

Desde 2002,  nas eleições que disputou e nos programas do PSDB, José Serra se dizia e foi exaustivamente apresentado como o Pai dos Genéricos e o criador do Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde.


O Viomundo denunciou aqui que Serra e o PSDB mentiam sobre os  genéricos. E aqui que mentiam sobre o Programa Nacional de DST/Aids. Provavelmente temendo ser desmascarado nos debates e no horário eleitoral,  Serra agora contou a verdade. Antes era propaganda enganosa, mesmo.


A reação tucana veio depois que a candidata Dilma Rousseff (PT) reivindicou a paternidade dos genéricos para o ex-ministro do governo Itamar Franco, Jamil Haddad – já que o tema era uma das principais bandeiras da campanha de Serra.

Em meio à polêmica sobre a paternidade dos medicamentos genéricos no país, o candidato José Serra (PSDB) admitiu nesta terça-feira que não “inventou” esse tipo de remédio.

“Não fui que inventei [os medicamentos] genéricos. O genérico já existia como ideia. Eu nem sabia quando assumi o Ministério da Saúde”, disse o tucano ao discursar de festa oferecida para ele na casa da senadora Kátia Abreu (DEM), coordenadora da campanha de Serra no Tocantins.

[até que enfim, levou oito (8) anos para que eles parassem de mentir sempre sob a tutela do PIG, que jamais questionou o PSDB e serra a respeito da mentira.]


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O CERN em busca do Bóson de Higgs

Cientistas disseram nesta segunda-feira que podem estar se aproximando do misterioso Bóson de Higgs, a partícula que supostamente foi crucial para a formação do cosmos após o Big Bang.

Pesquisadores do Grande Colisor de Hádrons (LHC), máquina científica perto de Genebra, na Suíça, disseram que em apenas três meses de experiências já conseguiram detectar todas as principais partículas envolvidas no nosso atual entendimento da física, o chamado Modelo Padrão.

Rolf Heuer, diretor-geral do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), responsável pelo LHC, disse na Conferência Internacional sobre a Física de Alta Energia, em Paris, que as experiências transcorrem mais rapidamente do que se esperava, entrando num estágio em que uma "nova física" irá surgir.

Isso pode incluir a aguardada prova da existência do Bóson de Higgs e a detecção da matéria escura, que supostamente constitui um quarto do universo, junto aos 5 por cento observáveis e 70 por cento de energia escura invisível.

"Este é um universo escuro, e espero que o LHC ... lance pela primeira vez luz sobre esse universo escuro", disse Heuer. "Isso vai demorar."
O LHC é um túnel circular de 27 quilômetros que cria pequenos Big Bangs ao provocar a colisão de partículas. Na atual etapa, as colisões ocorrem a cerca de metade do seu máximo nível energético — 7 tera-elétron-volts (TeV).
A máquina deve chegar perto dos 14 TeV a partir de 2013, aproximando-se das condições do Big Bang, a grande explosão que criou o universo, 13,7 bilhões de anos atrás.
Apresentando resultados do LHC, um projeto de 10 bilhões de dólares, os cientistas disseram que aparentemente detectaram pela primeira vez na Europa o Top Quark, uma enorme e efêmera partícula antes só identificada nos Estados Unidos.

"De agora em diante, estamos em um novo território", disse Oliver Buchmueller, pesquisador graduado do Cern. "O que vamos fazer é efetivamente voltar no tempo. Quanto mais elevarmos a energia, mais perto chegamos do que estava acontecendo no Big Bang." 




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segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Renda Mínima e a Renda Básica de Cidadania - RBC

Lendo Nassif hoje, deparei com um post intitulado "A Falta de Plataforma política". Como o próprio título sugere, era questionado justamente sobre a falta dos projetos políticos dos Presidenciáveis. Um dos blogueiros em seu comentário apresentou a proposta de plataforma política de Dilma, ou melhor, o programa de Governo de Dilma que foi registrado no TSE. Resolvi acessar e ler.

Uma das propostas dela é:
"O crescimento acelerado e o combate às desigualdades raCiaiS, sociais e regionais e a promoção da sustentabilidade ambiental serão o eixo que vai estruturar o desenvolvimento econômico. 
(...)
19. A expansão e o fortalecimento do mercado de bens de consumo popular, que produziu forte impacto positivo sobre o conjunto do setor produtivo, se dará por meio da:

(...)

g) transição do Bolsa família para a Renda Básica de Cidadania - RBC, incondicional, como um direito de todos participarem da riqueza da nação, conforme prevista na lei 10.853/2004, aprovada por todos os partidos no Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 8 de janeiro de 2004;"
Foi uma das melhores informações que eu tive o prazer absorver. Eu não sabia sobre lei 10.853/2004 que criou a "Renda Básica de Cidadania", que nada mais é que a renda mínima.  A satisfação foi tamanha que postei um comentário no blog do Nassif afirmando:
Se ela, Dilma, cumprir este item (consta no programa de Governo de Dilma, item g, p.4) ela efetivará a tal renda mínina que para mim será um dos principais tripés de nossa sociedade. Não é questão de dar esmola, mas sim de sermos solidários e darmos condições de que todos participem da riqueza gerada pelo país.
Como não dá para garantir a todos trabalho e salário digno, e isso é uma realidade que sempre existirá no sistema capitalista, pois sempre alguém vai perder para que outro ganhe, que pelo menos garantemos uma renda mínima a estes, para que, se lutarem, possam um dia dar a volta por cima (aqui entra a necessidade de  termos um sistema de ensino público, gratuito e de qualidade). Ao mesmo tempo, garantiremos àqueles que por um azar, ou um infortúnio da vida, perca tudo possa também usufruir desta renda mínima.
Desde que li pela primeira vez sobre o renda mínima, há uns seis anos atrás, tive a certeza que ele seria, e será se for implantado, um dos "tripés" de nossa sociedade. Embora tripé indique três bases interligadas entre si para sutentar algo, a uso aqui como sendo uma metáfora, para uma das bases de sustentação de nossa sociedade. 

Para que possa entender melhor o porquê  desta minha certeza, a respeito o renda mínima, seria interessante ler um de meus posts sob o título "Brevíssimo Histórico dos programas Sociais no Brasil". Se preferir leia apenas sobre o renda mínima que está transcrito abaixo, e depois leia um artigo sob o título "Novos desafios ao Programa Bolsa Família: a transição para a Renda Básica de Cidadania"
que também está trascrito, desta vez, na íntegra logo depois do renda mínima. Boa leitura.
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Uma história da implementação de políticas sociaisde distribuição de renda no Brasil teria que retroceder, pelo menos, à década de 1930, com a criação dos primeiros programas e leis voltados aos trabalhadores eaos setores mais pobres da população. Nesta época, a partir do governo de Getúlio Vargas, começou a surgir de modo mais concreto no país a idéia de construção de
um Estado de bem-estar social, um projeto ainda  inacabado.
Livro Bolsa Família, p.27, via post
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O Renda Mínima e (...)

A Telebrás entrando em ação

Telebrás começa a preparar licitações

26 de julho de 2010

A Telebrás, estatal que o governo reativou para liderar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), foi reativada com o plano de ser a primeira empresa pública do país a fazer valer as prerrogativas garantidas pela Medida Provisória 495, que privilegia a indústria nacional nas compras públicas, mesmo que os preços sejam maiores.

A MP, editada no dia 19, alterou diversos pontos da Lei das Licitações (8.666) e criou uma margem de preferência para "produtos manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras". Essa margem é definida pelo Executivo e não poderá exceder valor 25% superior "ao preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros". Ou seja, no critério de escolha, a procedência do produto passa a ter peso maior, em vez do menor preço.

Na Telebrás, o recado para o mercado é muito claro: a empresa só vai comprar equipamentos de empresas brasileiras ou de multinacionais que produzam localmente. "Temos um limite de 120 dias para fazer nossas licitações e vamos aproveitar a medida provisória", diz Rogério Santanna, presidente da Telebrás. "Quem quiser vender para o governo terá que produzir e gerar emprego aqui."

A decisão da companhia tem tudo para mexer com os ânimos de muitos fornecedores do setor. Para reativar sua rede de fibra óptica, a Telebrás precisa comprar equipamentos de grande porte que são usados para interligar sua malha de fibra distribuída pelo país. A lista inclui máquinas para suportar e gerenciar o tráfego dos dados que passam pela rede, conhecidos como roteadores e "switches".

Os grandes fabricantes dessas máquinas, no entanto, são multinacionais que hoje não têm fábrica no país. Fornecedores como Cisco Systems, Juniper, Huawei e ZTE - que atualmente dominam a venda de infraestrutura para as operadoras de telecomunicações - têm escritórios de representação comercial e administrativa no Brasil. Na maioria dos casos, seus produtos são importados por revendas especializadas. A medida pode favorecer empresas nacionais como Padtec, Digitel e Datacom.

A Telebrás estará livre para apresentar suas licitações a partir da semana que vem, quando realiza a assembleia que aprovará seu novo estatuto social. No caixa, a empresa tem R$ 284 milhões para comprar infraestrutura. Até início de setembro, ela quer realizar as compras, que serão feitas por meio de pregão eletrônico. Em outubro, se o cronograma não mudar, a Eletrobrás , que controla a rede a ser gerida, deve estar em operação, com a venda de links de internet para provedores de acesso. "Temos a meta de alcançar cem cidades e 15 capitais até o fim do ano, começando pelas regiões Nordeste e Sudeste, e vamos cumpri-la", disse Santanna.

As primeiras licitações são apenas um ensaio do que está por vir. Conforme previsto no PNBL, o Tesouro pretende injetar R$ 1,5 bilhão na Telebrás em 2011 e repetir a dose no ano seguinte. No plano da estatal, o primeiro passo é começar a vender links de internet para provedores de acesso. Hoje, há 1,7 mil provedores no país licenciados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mas o número certamente é ainda maior, já que muitos desses provedores sublocam seus links para empresas menores.

Para esses provedores - que vendem acesso à internet ao consumidor final - a Telebrás quer oferecer links a partir de um megabit por R$ 230 mensais. Com um contrato como esse, disse Santanna, um provedor consegue atender até dez clientes residenciais. Hoje, no Brasil, segundo ele, a mesma velocidade do serviço é oferecida pelas operadoras de telefonia fixa por algo entre R$ 400 e R$ 1,5 mil por megabit.

Sobre as críticas que a reativação da Telebrás tem causado, Santanna rebate. "O choro é livre. A realidade é que nós vamos tirar as teles fixas da zona de conforto que elas estão", afirma. "As operadoras não estão sendo ameaçadas pela Telebrás, mas por anos de serviços caros e malprestados aos consumidores. A preocupação delas não é com a gente, é com a vingança dos consumidores." Hoje, há 13 milhões de casas com acesso à internet em banda larga no Brasil. A meta do governo é chegar a 40 milhões de acessos até 2014.
 
Valor Econômico



Fonte:
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domingo, 25 de julho de 2010

Diogo Mainardi está saindo do país... para não ser preso!?.

 

O fim de uma era de infâmia


Diogo Mainardi está saindo do país. Na sua crônica, brinca com o medo de ser preso. É medo real. Condenado a três meses de prisão pelas calúnias contra Paulo Henrique Amorim, perdeu a condição de réu primário. Há uma lista de ações contra ele. As cíveis, a Abril paga - como parte do trato. As criminais são intransferíveis. E há muitas pelo caminho.

Há meses e meses meus advogados tentam citá-lo, em vão. Foge para todo lado. A intimação foi entregue na portaria do seu prédio, mas os advogados da Abril querem impugnar, alegando que não foi entregue em mãos. Tudo isso na era da Internet, quando todo mundo sabe que ele está sendo procurado para ser intimado.

A outra ação, contra Reinaldo Azevedo, esbarra em manobras protelatórias dos advogados da Abril. A ação prosperou porque colocada no Fórum da Freguesia do Ó - região da sede da Abril. Os advogados da Abril insistem em transferi-la para a Vara de Pinheiros.

Minha ação de Direito de Resposta contra a Veja vaga há quase dois anos, devido à ação da juíza de Pinheiros. Primeiro, considerou a inicial inepta. Atrasou por mais de ano a ação. Em Segunda Instância, por unanimidade o Tribunal considerou a ação válida e devolveu para a juíza julgar. Ela se recusou, alegando que a revogação da Lei de Imprensa a impedia - o direito de resposta está inscrito na Constituição Federal.

No caso da ação Mainardi-Paulo Henrique Amorim, ela absolveu Mainardi, alegando que as ofensas não passavam de mero estilo de linguagem que não deveriam ser levadas a sério. O disparate da sentença foi revelado pelo próprio TJ-SP ao considerar que o autor merecia uma condenação de três meses de prisão.

O problema não é Mainardi. É apenas uma figura menor que, em uma ação orquestrada, ganhou visibilidade nacional para poder efetuar os ataques encomendados por Roberto Civita e José Serra.

Quando passar o fragor da batalha, ainda será contado o que foram esses anos de infâmia no jornalismo brasileiro.



Fonte do Post:





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Mais uma do Serra - O mentiroso - De carona na popularidade presidencial


Serra busca se passar por estar próximo de Lula, para confundir o eleitor e tomar voto de Dilma, puro jogo sujo. Senão vejamos:

A última pesquisa eleitoral da VoxPopuli dá que 18% dos eleitores ainda não sabem que Dilma é candidata de Lula. Veja os números:
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De acordo com a pesquisa Vox Populi divulgada agora à noite no Jornal da Band, a vantagem de Dilma Rousseff em relação a seu adversário é de 8 pontos.

Na simulação de segundo turno, a vantagem também é de 8 pontos em favor da petista.
  • Pesquisa estimulada:Dilma 41%; Serra 33%; Marina 8%; 1% em outros candidatos; 4% de brancos ou nulos; 13% não souberam ou não responderam
  • Pesquisa espontânea:Dilma 28%; Serra 21%; Marina 5%; Lula 4%.
  • Segundo turno:Dilma 46%; Serra 38%
  • Rejeição:Serra 24%; Marina 20%; Dilma 17%
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Ricardo Galhardo,
| 23/07/2010 19:41

Faltando seis meses para o término de seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua com aprovação positiva de 78% dos eleitores, segundo a pesquisa Vox Populi/Band/iG divulgada nesta sexta-feira. É o mesmo índice da pesquisa anterior, divulgada no dia 29 de junho.

Embora 33% tenham afirmado que votariam com certeza no candidato indicado por Lula e outros 31% que poderiam votar, dependendo do candidato, a maior parte dos entrevistados não vê riscos à continuidade dos programas do governo, seja quem for o próximo presidente.

De acordo com a pesquisa, 36% acreditam que qualquer candidato manteria os programas com a mesma prioridade, 34% pensam que só Dilma Rousseff manteriam as políticas de Lula e 14% disseram que José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) dariam continuidade mas com menos prioridade do que a petista.

Dilma ainda não é identificada como a candidata de Lula por 18% dos entrevistados. Destes, 2% disseram que o candidato de Lula é Serra.
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De carona na popularidade presidencial

 Washington Araújo
em 20/7/2010
Observatório da Imprensa

De repente, o candidato parece ter sido vítima de pedrada na cabeça. É o que depreendo do título de matéria saído na Folha de S.Paulo de 17/7: "Lula e FHC são mais parecidos do que parece", afirma Serra. O texto é de uma sem-cerimônia de causar espécie. Vejamos como continua a matéria:
"Ao fazer campanha pelo estado natal de Lula, o candidato tucano à presidência José Serra disse que é ‘amigo pessoal’ do presidente e que o líder petista e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ‘são muito mais parecidos do que parece’. ‘O ouvinte aqui pode estar surpreso, mas eu conheço os dois’, disse Serra em Recife (PE), em entrevista a uma rádio local. ‘Ambos são, embora de maneira diferente, meus amigos pessoais, independentemente das diferenças em política’."
Na mesma linha segue o vetusto Estado de S. Paulo que, também em sua edição de 17/7, abre matéria com a manchete "Lula e FHC são mais parecidos do que parece". Publicou o jornal:
"Indagado sobre quais seriam as semelhanças entre Lula e Fernando Henrique, respondeu: ‘São questões de natureza pessoal e psicológica, mas carinhosa. Ambos são, embora de maneira diferente, meus amigos pessoais independentemente das diferenças em política.’ Mais tarde, instado a explicar melhor a comparação, esquivou-se. ‘Foi uma observação curiosa, vai ficar por aí. Vou deixar todo mundo curioso’."
Pensei: O que não faz um político para pegar carona de um presidente que bate seguidos recordes de aprovação popular? Todos, mas todos mesmo, à exceção de colunistas da Veja, Folha de S.Paulo e O Globo, querem tirar uma casquinha da popularidade presidencial e, para conseguir o intento, são até mesmo capazes de adulterar o que já assumia ares de senso comum: não existe nada mais diferente que Lula e FHC. Eles são tão parecidos quanto Barack Obama e Josef Stalin ou Leon Tolstoi e Ernest Hemingway ou, quem sabe, Ricardo Kotscho e Diogo Mainardi. Mais pessoas parecidas? Vamos lá. Lula e FHC são tão parecidos como parecidos são Edir Macedo e Roberto Irineu Marinho ou Michel Temer e Índio da Costa, ambos candidatos a vice-presidentes nas chapas de Dilma Rousseff e José Serra.
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Para completar, no dia 22 sai mais essa no site do PSDB, segundo o jornal do Brasil:


Aí fica clara a intenção do mentiroso. O bom, é que de tanto mentir ele se perde e se entrega. Na mesma "armação",  ao tentar colocar a Dilma com "más companhias" ele diz:
"Quem vem comigo sabe como eu me comporto. É um pouco difícil ficar comparando quem tem quem. Num torneio, a candidata do governo perde no quesito más companhias."
Fica evidente, segundo as afirmações do próprio site de Serra, que o Serra vence no quesito 'más companhias', já que Dilma perde. Então conclui-se, segundo afirmações do próprio site do Serra, que o Serra tem más companhias.
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Diferenças e mais diferenças

 Washington Araújo
em 20/7/2010
Observatório da Imprensa


Não precisamos ir muito longe para ir apontando diferenças. Mas, considerando que quem leu os jornais do dia 18 último poderia ingenuamente ser levado a concordar com a tonitruante assertiva do ex-governador paulista, uma vez que nenhum jornalista, articulista, colunista, comentarista de política ou de economia se atreveu a detalhar pontos de completa dessemelhança ou mesmo de alguma confluência, decidi listar apenas 10 dessemelhanças que saltam aos olhos do leitor imparcial:
** Lula tem sensibilidade social, FHC tem sensibilidade econômica. Lula criou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. FHC criou o Conselho Nacional de Desestatização.

** Lula brilha em cima de caminhões, dispõe de apenas três escassos diplomas – o conferido em sua juventude pelo Senai e os dois de presidente da República, outorgados pelo Tribunal Superior Eleitoral. FHC brilha na academia, é festejado como o "Príncipe da Sociologia Brasileira", é autor de diversos livros publicados em diversos idiomas.

** Lula viu o risco Brasil despencar para 200 pontos enquanto nos anos FHC o risco Brasil alcançou o recorde de 2.700 pontos. Lula pagou a dívida e ainda emprestou módicos US$ 10 bi ao FMI para socorrer a economia da Grécia. FHC não mexeu na dívida externa brasileira.

** Lula elevou o salário mínimo a US$ 210 (hoje está a US$280, aproximados), FHC deixou o salário mínimo no último ano de seu governo em exatos US$ 78. O dólar no governo Lula baixou a R$ 1,78 enquanto no governo FHC alcançou R$ 2,79.

** Lula reconstruiu a indústria naval brasileira. FHC em seus oito anos de mandato não tratou do assunto. Lula criou 10 novas Universidades federais, FHC não criou uma sequer. Lula criou 214 Escolas Técnicas Federais, FHC passou em branco.

** No governo Lula, os valores e reservas do Tesouro Nacional alcançaram a cifra dos 160 bilhões de dólares positivos (hoje está em aproximados 240Bilhões), no governo FHC este saldo era negativo em exatos 185 bilhões de dólares negativos. Lula deixará em andamento a construção de três estradas de ferro, FHC não deixou nenhuma.


** Lula não privatizou nenhuma empresa estatal e, ao contrário, criou dez novas estatais, como a Empresa de Pesquisa Ferroviária (EPF), o Banco Popular do Brasil, a Empresa de Planejamento Energético (EPE), a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Hemobras, que fabrica hemoderivados, e o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec). FHC privatizou jóias da coroa como a Vale do Rio Doce e Empresas de Telecomunicação do grupo Telebrás como Embratel, Telesp, Telemig, Telerg, Telepar, Telegoiás, Telems, Telemat, Telest, Telebahia, Telergipe, Teleceará, Telepará, Telpa, Telpe, Telern, Telma, Teleron, Teleamapá Telamazon, Telepisa, Teleacre, Telaima, Telebrasília, Telasa. FHC privatizou empresas como Light (vendida ao grupo francês e americano EDF/AES), Eletropaulo (vendida para a empresa americana AES), Petroquímica União S.A... a verdade é que a lista é longa. A maioria das empresas estatais foi vendida a grupos internacionais: espanhol, italiano, mexicano. Em 2002, sob FHC, o Brasil conseguiu reduzir o número de estatais a meros 108 e, em 2010, sob Lula, o país passou a dispor de 118.

** Em dezembro de 2002 o Brasil era um país sem crédito no mercado internacional. Desde o primeiro mandato de Lula o Brasil conquistou o cobiçado investment grade. No período FHC o Brasil sofreu os efeitos de 4 arrasadoras crises internacionais. No período Lula, até mesmo a chamada "mãe de todas as crises", aquela de setembro de 2008, comparada apenas à Grande Depressão Econômica de 1929, graças às reservas financeiras acumuladas pelo governo chegou aqui como "marolinha". Para outros países, ainda em fase de penosa recuperação, continua surtindo efeitos de tsunami.
Aproveite e veja mais das diferenças entre Lula/Dilma x FHC/Serra:

(este quadro comparativo é entre os 8 anos de Serra/FHC e apenas 4 de Lula)




Fontes do Post:

Leia Também:




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sexta-feira, 23 de julho de 2010

A casa em que Lula nasceu

A casa de taipa onde o Presidente Lula  nasceu, na cidade de Caetés (20 km de Garanhuns), virou ponto turístico da região. Segundo moradores da localidade, seguidamente aparecem curiosos para fotografar o local















Fonte do Post:

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Mais um podre da "era FHC" vira livro

"A Encol foi sequestrada"

O empresário Pedro Paulo de Souza rompe 11 anos de silêncio e lança um livro com sua versão da falência da maior construtora do Brasil

Por Guilherme Queiroz,
 na Isto é Dinheiro - 19/07/2010

O engenheiro capixaba Pedro Paulo de Souza costuma contar que ergueu o maior império da construção civil brasileira do século 20 a partir de meio Fusca. Item único nas posses da Encol em 1961, o carro popular daria origem a um patrimônio de US$ 1,2 bilhão no apogeu da empresa, em valores de 1994. Considerada um exemplo de companhia moderna e arrojada, a Encol vendia apartamentos como água.

Para fechar negócio, seus corretores aceitavam até produtos e bens diversos como parte dos pagamentos. As receitas dos lançamentos bancavam as construções vendidas anteriormente, até que um dia as fontes financeiras secaram e a Encol protagonizou a quebra mais dramática vivida por uma grande empresa brasileira até então.

Ao ter a falência decretada, em 1999, a companhia goiana deixou como legado 710 esqueletos de concreto espalhados pelo Brasil, 23 mil funcionários desempregados e 42 mil clientes sem dinheiro e sem os imóveis que haviam comprado. Entrou para a história como uma empresa mal administrada, adepta de práticas fraudulentas de gestão e de relações promíscuas com o poder público. Recluso nos últimos 11 anos, Souza agora emerge para narrar a sua versão dos fatos.
No livro Encol O sequestro: tudo o que você não sabia (Bremen, 351 páginas), o empresário reescreve os capítulos finais da companhia e atribui sua falência a uma intrincada trama urdida por diretores do Banco do Brasil na ocasião e avalizada pelo então secretário-geral da Presidência da República do governo Fernando Henrique Cardoso, Eduardo Jorge Caldas Pereira. Agora tenho como provar o que aconteceu.
Quero que vejam as provas. A empresa faliu e eu não sabia por quê, disse Souza à DINHEIRO no lançamento do livro, na quinta-feira 14, em Goiânia. Durante oito anos, ele juntou relatos e documentos que revelariam uma artimanha para sequestrar a companhia. Segundo ele, o arquiteto do plano foi o então diretor de crédito do BB, Edson Soares Ferreira, que é apresentado no livro como homem de confiança de Caldas Pereira.

"O dia em que Veja 'matou' FHC quatro vezes"

As sucessivas mortes políticas do presidente
mostram que FHC infelizmente não assimilou
os ensinamentos do clássico O Príncipe


Veja online, ano 2000
Veja criticando FHC!
Coisa rara!


Mario Sabino
 
Ana Araújo
PASSADO E PRESENTE
O problema
de FHC não é ter renegado o que escreveu, mas ter esquecido o que leu tão bem


"A política é quase tão excitante como a guerra, e tão perigosa quanto ela. Na guerra, você pode ser morto apenas uma vez. Na política, várias." A frase é de Winston Churchill, o primeiro-ministro inglês que morreu politicamente em algumas ocasiões, antes de ser entronizado como mito. Pois bem, deste ponto de vista o Brasil tem um presidente morto. Fernando Henrique Cardoso é, hoje, um espírito atormentado que busca reencarnar naquele governante do começo do primeiro mandato, por quem a maioria dos brasileiros nutria simpatia e até orgulho. Esta é a quarta morte política de FHC e também aquela da qual será mais difícil ele ressuscitar.


A primeira morte:

O presidente morreu politicamente por um breve momento em 1995, com a descoberta de que o então presidente do Incra, Francisco Graziano, mandou grampear o telefone do embaixador Júlio César Gomes, chefe do cerimonial da Presidência. O imbróglio deu a impressão de que o Palácio do Planalto era um ninho de cobras que se mordiam sem o conhecimento do dono do pedaço. Como a história não passou de briga de comadres com interesses escusos, a crise foi superada rapidamente.


A Segunda morte:

Um segundo falecimento, mais duradouro, ocorreu em 1998, com a divulgação do conteúdo das malfadadas fitas do BNDES [a privataria da Petrobrás, clique aqui e leia]. Gravações clandestinas de conversas do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, André Lara Resende, e do ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, colocaram sob desconfiança o processo de privatização, do qual ambos eram os principais articuladores. O conteúdo dos diálogos, num dos quais aparecia a própria voz do presidente, dava a entender que o Planalto favorecia determinados grupos. Que a venda de estatais, pedra angular do governo, era um jogo de cartas marcadas. Mendonça de Barros e Lara Resende demitiram-se, mas ainda assim o episódio fez a popularidade de FHC despencar como um Concorde avariado.


A terceira morte:

Um ano atrás, a terceira morte. O então presidente do Banco Central, Chico Lopes, viu-se envolvido na suspeitíssima operação de salvamento dos bancos Marka e FonteCindam.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Descoberta a maior estrela do Universo


Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/07/2010
Chamada pelos cientistas, na falta de hiperlativos, de "estrela hipergigante", a R136a1 tem mais de 300 vezes a massa do Sol - isto é duas vezes mais do que os astrônomos acreditavam até hoje ser o tamanho máximo de uma estrela. [Imagem: ESO/M. Kornmesser]



 
Maiores estrelas do Universo

Combinando medições feitas por instrumentos do Very Large Telescope do ESO (Observatório Europeu do Sul), astrônomos descobriram as estrelas de maior massa conhecidas até hoje, inclusive aquela que agora merece o título de "maior estrela do Universo".

Chamada pelos cientistas, na falta de hiperlativos, de "estrela hipergigante", ela tem mais de 300 vezes a massa do Sol - isto é duas vezes mais do que os astrônomos acreditavam até hoje ser o tamanho máximo de uma estrela, que se calculava ser de 150 massas solares.

A existência dessas estrelas monstruosas - milhões de vezes mais luminosas do que o Sol, e que perdem massa através de poderosos ventos estelares - reabre a questão, mas também poderá ajudar a responder a pergunta "Qual é o tamanho máximo que uma estrela pode ter?" Por enquanto, elas podem ser tão grandes quanto a maior que pudemos encontrar.

A R136a1 não é apenas a estrela de maior massa já encontrada, mas é também a que apresenta a maior luminosidade, sendo cerca de 10 milhões de vezes mais brilhante do que o Sol.

"Devido à raridade de tais objetos, penso que será bastante improvável que este novo recorde seja batido rapidamente," diz Paul Crowther, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, que chefiou a equipe que fez a descoberta.

Fábricas cósmicas

Os astrônomos utilizaram imagens do VLT e do Telescópio Espacial Hubble para estudar detalhadamente dois enxames estelares jovens, NGC 3603 e RMC 136a.

O NGC 3603 é uma fábrica cósmica, onde novas estrelas formam-se em um ritmo frenético a partir das extensas nuvens de gás e poeira da nebulosa, situada a cerca de 22.000 anos-luz de distância.

O RMC 136a (mais conhecido por R136) é outro enxame estelar composto por estrelas jovens, quentes e de grande massa, que se situa no interior da Nebulosa da Tarântula, numa das nossas galáxias vizinhas, a Grande Nuvem de Magalhães, a cerca de 165.000 anos-luz de distância.

Durante a pesquisa, a equipe encontrou várias estrelas com temperaturas superficiais de mais de 40.000 graus Celsius, ou seja, mais de sete vezes mais quentes do que o nosso Sol, algumas dezenas de vezes maiores e vários milhões de vezes mais brilhantes.

Maior estrela do Universo

Comparações com modelos estelares levaram à conclusão de que várias destas estrelas nasceram com massas superiores a 150 massas solares.

A estrela R136a1, encontrada no enxame R136, é a estrela de maior massa conhecida até agora, com uma massa atual de cerca de 265 massas solares e com uma massa de 320 vezes a massa do Sol na época do seu nascimento.

No NGC 3603, os astrônomos puderam também medir diretamente a massa de duas estrelas que pertencem a um sistema de estrela dupla, de modo a validar os modelos utilizados. As estrelas A1, B e C neste enxame têm massas estimadas, no momento do seu nascimento, acima ou próximas de 150 massas solares.

A estrela A1 do NGC 3603 é uma estrela dupla, com um período orbital de 3,77 dias. As duas estrelas do sistema têm, respectivamente, 120 e 92 vezes a massa do Sol, o que significa que se formaram com as massas respectivas de 148 e 106 massas solares.



O RMC 136a, o lar da maior estrela do Universo, é um enxame estelar composto por estrelas jovens, quentes e de grande massa, que se situa no interior da Nebulosa da Tarântula, numa das nossas galáxias vizinhas, a Grande Nuvem de Magalhães, a cerca de 165.000 anos-luz de distância. [Imagem: ESO/P. Crowther/C.J. Evans]

 
 
Estrelas superpesadas

Se a R136a1 substituísse o Sol no nosso Sistema Solar - mantidas as distâncias relativas - ela seria mais brilhante do que o Sol na mesma proporção que o Sol é mais brilhante que a Lua Cheia.

"A sua elevada massa reduziria o tamanho do ano na Terra de cerca de três semanas, e a Terra seria banhada por uma radiação ultravioleta incrivelmente intensa, o que tornaria impossível a existência de vida no nosso planeta," diz Raphael Hirschi, da Universidade de Keele, também pertencente à equipe.

Estas estrelas superpesadas são extremamente raras, formando-se apenas no interior dos enxames estelares mais densos. Distinguir estrelas individuais - o que foi agora conseguido pela primeira vez - requer uma resolução extraordinária, só alcançada pelos modernos instrumentos infravermelhos do VLT.

A equipe também estimou a massa máxima possível das estrelas pertencentes a estes enxames e o número relativo de estrelas de maior massa.

"As estrelas menores têm um limite inferior para a massa de aproximadamente oitenta vezes a massa de Júpiter, limite abaixo do qual se tornam 'estrelas falidas' ou anãs-castanhas," diz Olivier Schnurr, do Astrophysikalisches Institut Potsdam. "Os nossos novos resultados apoiam a ideia anterior de que também existe um limite superior para a massa das estrelas, embora os resultados subam este limite por um fator de dois, para cerca de 300 massas solares."

Ventos das estrelas


Estrelas de grande massa produzem ventos muito poderosos, por meio dos quais elas vão aos poucos perdendo massa.

"Contrariamente aos humanos, estas estrelas nascem muito pesadas e vão perdendo peso à medida que envelhecem," diz Paul Crowther. "Com um pouco mais de um milhão de anos, a maior delas, a R136a1, encontra-se já na 'meia-idade' e passou por um intenso regime de perda de peso, tendo já perdido um quinto da sua massa inicial nesse período, o que corresponde a mais de cinquenta massas solares."

No interior do R136, apenas quatro estrelas pesavam mais do que 150 massas solares no momento do seu nascimento. No entanto, sozinhas, elas são responsáveis por praticamente metade do vento estelar e da radiação liberada por todo o enxame.

A R136a1 libera energia para o meio ao seu redor cinquenta vezes maior do que o enxame da Nebulosa de Órion, a região de formação de estrelas de grande massa mais próxima da Terra.

Supernovas instáveis

Compreender a formação de estrelas de grande massa é, por si só, algo muito complexo, devido às suas vidas muito curtas e seus ventos poderosos.

Se não fosse o suficiente, a identificação de casos tão extremos como a R136a1 complica ainda mais o já elevado desafio posto às teorias. "Ou estas estrelas se formaram já muito grandes ou então estrelas menores fundiram-se para as produzirem," explica Crowther.

Estrelas com massas entre 8 e 150 massas solares explodem no final das suas curtas vidas sob a forma de supernovas, das quais restam objetos exóticos, como estrelas de nêutrons ou buracos negros.

Tendo agora estabelecido a existência de estrelas com massas compreendidas entre 150 e 300 massas solares, os astrônomos levantam a hipótese da existência de objetos excepcionalmente brilhantes, "supernovas instáveis", que explodiriam completamente, sem deixar restos de espécie alguma, e que liberariam até cerca de dez massas solares de ferro para o meio interestelar.


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terça-feira, 20 de julho de 2010

Mais uma mentira cai por terra


O real da miséria e a miséria do Real

Na trajetória dos últimos 18 anos, só o governo Lula reduziu a pobreza de forma contínua e acentuada. Itamar e FHC tiveram, cada qual, apenas 1 ano de efetiva redução da pobreza: Itamar (que teve pouco mais de 2 anos de governo), em seu último ano (1994), e FHC, em seu primeiro ano (1995). Os números desmentem categoricamente a afirmação de que a miséria e as desigualdades no Brasil vêm caindo “desde o Plano Real”, como é comum encontrar inclusive entre analistas econômicos. O artigo é de Antônio Lassance. [as quedas ocorridas no governo de Itamar vinham ocorrendo antes da implantação do Real, em 1994, e perdurou até o primeiro ano do 1º governo de fhc, veja o segundo gráfico para entender]

Antonio Lassance (*),
em 20.07.2010

Os gráficos abaixo merecem ser emoldurados. Eles representam os avanços que o Brasil alcançou até o momento na luta pela redução da miséria.


Antes de mais nada, é preciso dar os devidos créditos. O gráfico, veja abaixo, tem como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD),  colhidos, organizados e divulgados pelo IBGE. São sistematicamente trabalhados pelo IPEA, que tem grandes estudiosos sobre o tema da pobreza, assim como pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas-RJ.


Graças a esses estudos se pode, hoje, visualizar se estamos avançando ou retrocedendo; se o Brasil está resgatando seus pobres ou produzindo quantidades cada vez maiores de pessoas que ganham menos que o estritamente necessário para sobreviver; gente que se encontra sob situação de insegurança e vulnerabilidade.

Os números e a trajetória que os liga permitem não só uma fotografia da miséria, mas também um retrato do que os governos fizeram a esse respeito. Serve até de exame para um diagnóstico do bem estar ou do mal estar que as políticas econômicas podem causar à nossa sociedade.

Descritivamente: esta linha sinuosa decresce em ritmo forte em 1994 e 1995, quando estaciona. Depois de 1995, a queda deixa de ter continuidade e, salvo pequenas oscilações, os patamares de miséria ficam estáveis pelos sete anos seguintes, até 2002. Depois de 2003, ocorre uma nova trajetória descendente e, desta vez, sustentada, pois se mantém em queda ao longo de sete anos.
[O segundo gráfico não deixa dúvidas, e é bastante claro. No Governo de Itamar Franco há uma queda de 6,37 que para de ocorrer nos oito anos do governo de FHC, a chamada "era FHC", ficando praticamente estagnado (uma queda pífia de 0.62 em oito anos)  e só volta a cair de modo significativo no governo de Lula (uma queda de 12,63 em sete anos). Clique aqui e descubra o que foi feito neste período, de Itamar a Lula, e saiba o motivo destas quedas.]
 Na trajetória dos últimos 18 anos, só o governo Lula reduziu a pobreza de forma contínua e acentuada. Itamar e FHC tiveram, cada qual, apenas 1 ano de efetiva redução da pobreza: Itamar (que teve pouco mais de 2 anos de governo), em seu último ano (1994), e FHC, em seu primeiro ano (1995).

O gráfico desmente categoricamente a afirmação de que a miséria e as desigualdades no Brasil vêm caindo “desde o Plano Real”, como é comum encontrar inclusive entre analistas econômicos, principalmente aqueles que são mais entusiastas do que analistas e, a cada 5 anos, comemoram o aniversário do plano como se fosse alguém da família.

O Plano Real conseguiu reduzir a miséria apenas pelo efeito imediato e inicial de retirar do cenário econômico aquilo que é conhecido como “imposto inflacionário”: o desconto compulsório, que afeta sobretudo as camadas mais pobres, ao devorar seus rendimentos. Retirar a inflação do meio do caminho foi importante, mas insuficiente.

No governo FHC, a miséria alcançou um ponto de estagnação. Uma estagnação perversa, que deu origem, por exemplo, à teoria segundo a qual muitos brasileiros seriam “inimpregáveis”. Para o discurso oficial, o problema da miséria entre uma parte dos brasileiros estaria, imaginem, nos próprios brasileiros. A expressão era um claro sinônimo de “imprestáveis”: pessoas que não tinham lugar no crescimento pífio daqueles 8 anos. Era um recado a milhões de pessoas, do tipo: “não há nada que o governo possa fazer por vocês”. “Se virem!”

O governo Lula iniciou uma nova curva descendente da miséria no Brasil e a intensificou. Sua trajetória inicial foi mais íngrime do que a verificada no início do Plano Real e, mais importante, ela se manteve em declínio ao longo do tempo. Por trás dos números e da linha torta, está o regate de milhões de brasileiros.

A razão que explica essa trajetória está no conjunto de políticas sociais implementadas por Lula, como o Fome Zero, o Bolsa Família, a bancarização e os programas da agricultura familiar, além da melhoria e ampliação da cobertura da Previdência. [na gestão de Itamar também aparece ações com políticas sociais, conforme pode ser confirmadas clicando aqui. Abaixo tem um vídeo com a entrevista com Marcelo Neri, economista da FGV]
No campo econômico, além de proteger as camadas sociais mais pobres da volta do imposto inflacionário (estabilidade macroeconômica), houve uma política sistemática de elevação do salário mínimo e, a partir de 2004, patamares mais significativos de crescimento econômico, com destaque nas regiões mais pobres, que cresceram em ritmo superior à média nacional – em alguns casos, superior ao ritmo chinês.

O governo FHC, sem políticas sociais robustas e integradas e com índices sofríveis de crescimento econômico, exibiu uma perversa estabilidade da miséria. Se lembrarmos bem, ao final de seu mandato, a economia projetava inflação de dois dígitos, os juros (Selic) superavam os 21% ao ano (haviam batido em 44,95% em 1999), a crise da desvalorização cambial fizera o dólar disparar, as reservas estavam zeradas e o País precisara do FMI como avalista. Por isso se pode dizer que a característica principal do Governo FHC não foi propriamente a estabilidade macroeconômica. Foi o ajuste fiscal e a estabilidade da miséria.

Por sua vez, a tríade crescimento, estabilidade e redução da miséria, prometida por Lula na campanha de 2002, aconteceu. Se alguém tinha alguma dúvida, aí está a prova.

(*) Antonio Lassance é pesquisador do Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e
professor de Ciência Política.
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domingo, 18 de julho de 2010

Rio de janeiro em 1936 - A Cidade do Explendor

Observem o quanto são limpas as calçadas. O quanto estão conservadas as praças, bancos... 

Ela está parecendo até uma cidade do interior até um cidade do interior, poucas pessoas e tranquila.


Só um bobo dá a estrangeiros serviços públicos como as telefonias fixa e móvel

O menino tolo

LUIZ CARLOS BRESSER-PEREIRA
na Foha de SP via Blog Luis Nassif

[PS. Luiz Carlos Bresser Pereira,
fez parte do Governo FHC, na época
ele ficou em um silêncio "ensurdecedor"
"quem cala consente", diz o ditado.]


Só um bobo dá a estrangeiros serviços públicos como as telefonias fixa e móvel

JOÃO É DONO de um jogo de armar. Dois meninos mais velhos e mais espertos, Gonçalo e Manuel, persuadem João a trocar o seu belo jogo por um pirulito.

Feita a troca, e comido o pirulito, João fica olhando Gonçalo e Manoel, primeiro, se divertirem com o jogo de armar, e, depois, montarem uma briga para ver quem fica o único dono. Alguma semelhança entre essa estoriazinha e a realidade?

Não é preciso muita imaginação para descobrir. João é o Brasil que abriu a telefonia fixa e a celular para estrangeiros [clique aqui para ler a história]. Gonçalo é a Espanha e sua Telefônica, Manuel é Portugal e a Portugal Telecom; os dois se engalfinham diante da oferta "irrecusável" da Telefônica para assumir o controle da Vivo, hoje partilhado por ela com os portugueses.

Mas por que eu estou chamando o Brasil de menino bobo? Porque só um tolo entrega a empresas estrangeiras serviços públicos, como são a telefonia fixa e a móvel, que garantem a seus proprietários uma renda permanente e segura.[Aproveite e leia sobre a Banda Larga Privada - Lenta, falha e cara]

No caso da telefonia fixa, a privatização é inaceitável porque se trata de monopólio natural. No caso da telefonia móvel, há alguma competição, de forma que a privatização é bem-vinda, mas nunca para estrangeiros.

Estou, portanto, pensando em termos do "condenável" nacionalismo econômico cuja melhor justificação está no interesse que foi demonstrado pelos governos da Espanha e de Portugal.

O governo espanhol, nos anos 90, aproveitou a hegemonia neoliberal da época para subsidiar de várias maneiras suas empresas a comprarem os serviços públicos que estavam então sendo privatizados. Foram bem-sucedidos nessa tarefa.

Neste caso, foram os espanhóis os nacionalistas, enquanto os latino-americanos, inclusive os brasileiros, foram os colonialistas, ou os tolos.

Agora, quando a espanhola Telefônica faz uma oferta pelas ações da Vivo de propriedade da Portugal Telecom, o governo português entra no jogo e proíbe a transação.

A União Europeia já considerou ilegal essa atitude, mas o que importa aqui é que, neste caso, os nacionalistas são os portugueses que sabem como um serviço público é uma pepineira, e não querem que seu país a perca.

O menino tolo é o Brasil, que vê o nacionalismo econômico dos portugueses e dos espanhóis e, neste caso, nada tem a fazer senão honrar os contratos que assinou.

Vamos um dia ficar espertos novamente? Creio que sim. Nestes últimos anos, o governo brasileiro começou a reaprender, e está tratando de dar apoio a suas empresas.

Para horror dos liberais locais, está ajudando a criar campeões nacionais. Ou seja, está fazendo exatamente a mesma coisa que fazem os países ricos, que, apesar de seu propalado liberalismo, também não têm dúvida em defender suas empresas nacionais.

Se o setor econômico da empresa é altamente competitivo, não há razão para uma política dessa natureza. Quando, porém, o mercado é controlado por poucas empresas, ou, no caso dos serviços públicos, quando é monopolista ou quase monopolista, não faz sentido para um país pagar ao outro uma renda permanente ao fazer concessões públicas a empresas estrangeiras.

A briga entre espanhóis e portugueses pela Vivo é uma confirmação do que estou afirmando.

[hoje, até um mexicano manda na telefonia do Brasil. Isso é um absurdo, mas é a cara da elite brasileira, altamente entreguista... bem representada pelos tucanos, partido de Bresser Pereira e também conhecido por PSDB, e os DEMos, antigo PFL. Leia aqui


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O poder de criação tecnológica impulsionada pela guerra

O bombardeiro orbital nazista


As V2s caindo sobre Londres eram só o começo. Se os nazistas tivessem se agüentado, bombardeiros voando a Mach 22 devastariam os Estados Unidos do espaço. Assustador? O conceito não é totalmente insano. Esta é a história do Silbervogel de Eugen Sänger.

A Alemanha Nazista pode ter perdido a guerra, mas certamente não por falta de gênios em engenharia. O montante de armas avançadas e conceitos tecnológicos que surgiram durante os 12 anos do Reich de Mil Anos continua a impressionar até hoje. Peças de artilharia de 800 mm? Sim! O mais avançado caça a jato do mundo, míssil de cruzeiro e míssil balístico sub-orbital? Sim, sim e sim!

Por outro lado, veja o que os EUA fizeram: focaram a maior parte de seus esforços em uma única arma avançada, avançando bem além doestágio de conceito. Mas a audácia das armas conceituais alemãs ainda fascina, tal como seus imbatíveis carros de corrida da década de 1930. E a mais viável delas eventualmente se tornou um notável produto, o fogueteSaturno V do projeto Apollo.

O conceito mais impressionante foi o Silbervogel (“Pássaro Prateado”) de Eugen Sänger. Foi um estudo de desenho comissionado pelo Ministério do Ar para resolver um problema apontado por Hermann Göring: o mais poderoso futuro inimigo da Alemanha era protegido pela mãe de todos os obstáculos: o Oceano Atlântico. O Ministério lançou uma iniciativa com o nome Amerika Bomber e colocou todo o gênio criativo alemão para trabalhar.

A maioria dos conceitos apresentados ao Ministério eram de bombardeiros convencionais ampliados, mas não o pássaro de Sänger. Ele era membro de uma sociedade de projetistas de foguetes chamada Verein für Raumschiffahrt – assim como a maioria dos que mais tarde foram parar na NASA e construir os foguetes americanos – e seus olhos estavam no espaço sub-orbital, como expresso em seu livro de 1933 “Raketenflugtechnik” (“Tecnologia de Voo de Foguetes”). Ao trabalhar para o Ministério, ele expandiu o livro em 1944, com o título Raketenantrieb für Fernbomber(“Propulsão de Foguetes para Bombardeiros de Longo Alcance”).

O Silbervogel era um avião a foguete com um corpo de ascensão. E se contarmos o número de bem-sucedidos aviões a foguete e corpos de ascensão construídos nos 70 anos seguintes, você pode imaginar onde isso vai parar.

As absolutamente audaciosas missões seriam lançadas da própria Alemanha. Encaixado na cabeceira de um trilho de 3 quilômetros, o Silbervogel aceleraria até 1.900 km/h em um trenó propulsionado por um conjunto motores de foguete. Uma vez no ar, dispararia seus próprios foguetes e queimaria as 90 toneladas de combustível que preenchiam a maior parte de sua fuselagem esguia e prateada para atingir Mach 30 a uma altitude de 150 quilômetros.

O lançamento seria a parte fácil.

A parte difícil era lá em cima, em sub-órbita. Em seu caminho para Nova Iorque, a aeronave começaria a cair. Contudo, seu corpo foi desenhado para gerar sustentação. A ideia era que ao atingir-se as camadas mais densas da estratosfera, o Silbervogel quicaria de volta para o espaço, como uma pedra lançada na superfície de uma lagoa. Numa série de quicadas gradualmente mais fracas, atingiria facilmente o continente norte-americano, despejando sua carga de quatro toneladas – preferencialmente nuclear – no alvo escolhido, e então planaria para pousar numa área do Pacífico controlada pelo Japão.

Embora superficialmente viável, houve um pequeno erro de cálculo nos últimos estudos do trabalho de Sänger: o fluxo de calor gerado teria sido significativamente maior do que o estipulado em seu livro, essencialmente resultando em seu glorioso pássaro queimando até virar cinzas no primeiro salto estratosférico; um Ícaro ao contrário.

O projeto foi cancelado após a Alemanha ver-se em apuros com um inimigo bem mais próximo que a distante América: a União Soviética. E enquanto as armas soviéticas estavam longe de estar no mesmo patamar dos protótipos alemães, Stalin acreditava que a quantidade era uma qualidade em si.

O líder soviético mais tarde aprenderia sobre o Silbervogel em documentos capturados do centro espacial alemão em Peenemünde, e lançou uma fracassada campanha para recrutar Sänger para trabalhar na União Soviética. Ao invés disso, o conceito Silbervogel foi parar na Força Aérea Americana. No começo dos anos 1960, a Boeing desenvolveu o X-20 Dyna-Soar, um corpo de ascensão similar ao Silbervogel, que seria lançado ao espaço em um foguete Titan III. Em 1963, foi cancelado como seu primo alemão, sendo vítima do processo que alocou todas as atividades espaciais humanas para a NASA, que conduzia projetos bem diferentes na época. Mas quase uma década depois, o sonho de Sänger de uma aeronave aerodinâmica de reentrada se realizou na forma do Ônibus Espacial, ativo até hoje.

Quanto a Sänger, ele viveu na França por alguns anos após a guerra, e então retornou para sua nativa Alemanha para trabalhar em ramjets evelas solares até sua morte em 1964. Não era um homem para deixar uma guerra perdida acabar com sua imaginação.


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Quem tem engenheiros pode estar no século 21 mesmo estando na década de 30. É curioso ver como os EUA copiaram conceitos de engenheiros alemães e os utilizam até hoje, mais de 50 anos depois, como se pode ver no recente voo do X51A:

NASA testa nova versão de avião hipersônico

Redação do Site Inovação Tecnológica - 31/05/2010

Avião hipersônico faz demonstração histórica

O X-51A Waverider fez o primeiro de uma série de quatro voos para testar um motor hipersônico. Esse novo tipo de motor é projetado para surfar em sua própria onda de choque, acelerando até seis vezes a velocidade do som.[Imagem: U.S. Air Force]





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