quarta-feira, 19 de maio de 2010

EUA e as eleições de 2010 no Brasil

Dilema de Washington: Como atrair novos apoiadores?


Do Blog Vi o Mundo
Luiz Carlos Azenha


The decline and fall of America’s supporters?


Posted By Daniel W. Drezner Monday, May 17, 2010



Se os realistas tem uma trupe literária, ela está falando sobre o declínio e queda das grandes potências — e Steve Walt não nos desaponta em seu post sobre “o fim iminente da era do Atlântico”.

Ele sustenta um bom argumento. O projeto europeu como nós o conhecemos,  União Européia, enfrenta problemas graves. Os Estados Unidos não estão em melhor situação. Dito isso, há semanas em que nós nem parecemos estar no centro do universo diplomático. Brasil e Turquia estão negociando acordos com o Irã e o regionalismo das bordas do Pacífico está deixando os Estados Unidos para trás.

Ainda assim, minha visão é de que estamos vivendo a combinação de dois problemas distintos. Se um deles for arrumado, suspeito que a mudança na política das grandes potências não será terrivelmente grave.
  • O primeiro é o declínio dos apoiadores do sistema liderado pelos Estados Unidos — Japão e Europa. A teoria das relações internacionais gosta de enfatizar a importância de estados hegemônicos. [Um bom exemplo é a América Latina. Bush não deu atenção á América Latina, se preocupou mais com o petróleo do Iraque. Isso deu espaço para que os Países do cone sul conseguissem eleger políticos mais nacionalistas como Lula, Chávez, Evo Morales, etc. Quando Bush acordou, tentou dar o golpe em Chavez na Venezuela e não conseguiu fortalecendo ainda mais a nova posição, de independência, da América Latina. Só restou a Colômbia, motivo pelo qual eles terem enchido o país com bases  militares  e mais recentemente o golpe em Honduras, já no governo de Obama] Quando se trata de criar um mundo estável, no entanto, isso só acontece quando estados apoiadores estão dispostos a assinar embaixo. Eu [Luiz Carlos Azenha] concordo com o Walt que, no curto prazo, os principais apoiadores dos Estados Unidos vão se voltar para seus próprios problemas.
  • O segundo ponto é que os Estados Unidos podem se adaptar à mudança na distribuição de poder e aqui fico [o Luiz Carlos Azenha] em cima do muro. Há formas de ver o fato de que os Estados Unidos apoiaram a mudança do G-8 para o G-20 como adaptação criativa a novas realidades. O G-8 dava peso maior aos países europeus, exagerando sua influência. Ao mudar do G-8 para o G-20, os membros da União Europeia viram seu poder ser diluído. Os Estados Unidos, por sua vez, mantém fortes relações bilaterais com cada um dos integrantes do G-20, mais fortes que a dos outros integrantes do grupo entre si. Se a gente pensar nos Estados Unidos como o pivô central de uma governança em rede, dá para notar que as reformas feitas até agora não enfraquecem a influência americana.

A coisa é que isso só vale se poderes ascendentes como o Brasil e a Índia forem APOIADORES do sistema liderado pelos Estados Unidos, ou se eles querem se colocar como ALTERNATIVAS.
[É aqui que entra as eleições de 2010. Se Dilma for eleita, continuará as ações Diplomáticas Pró Brasil, se "colocando como ALTERNATIVA". Tal posição vem sendo adotada desde a eleição de Lula  que o  mundo todo sabe e respeita atualmente. Tais ações não fazem bem à "saúde dos EUA" e portanto não servem aos americanos. Se Serra for eleito, o Brasil se alinhará de forma subserviente ao ideário dos EUA como foi na "era FHC" e que Serra já deu sinais muito claros disto, é só ler os links no final do Post em "Leia mais". Serra sim, serve aos anseios dos EUA de posicionar como "APOIADOR" do sistema liderado pelos EUA.]
Isso é onde aquela visão estratégica que a diplomacia do governo Obama alegadamente possui em amplas quantidades faria alguma diferença. Até hoje, no entanto, não é o que se vê no governo Obama [ou seja, eles ainda não interviram nas eleições aqui no Brasil,  fator que está deixando a oposição DEM-PSDB atordoados desde que Obama assumiu.Sem o chefe maoir dos EUA lhes dizendo o que fazer a elite naional se perde, não sabendo como agir.]. Para ser justo, eles receberam uma política externa que era uma bagunça e fizeram um trabalho admirável para acelerar a limpeza dos dois últimos anos do governo Bush. O que eles não fizeram — ainda — foi articular uma mensagem que consiga novos apoiadores na política mundial.

A nova Estratégia de Segurança Nacional será anunciada nas próximas semanas e é precisamente o tipo de questão que precisa ser enfrentada [é aqui que eles vão defenir como vão agir a respeito das eleições de 2010 no Brasil e em outros países]. Então prestarei atenção para ver se o documento estratégico trata deste problema. [acredito que eles virão e com gosto para cima do Brasil e atuarão fortemente para eleger Serra, pois desde que ele atuou na era FHC como ministro do planejamento, assumiu, assim como FHC, uma postura de subserviência para como os estadunidenses.]

[PS.  Os textos em vermelho são colocações minhas.
Todas as afirmações que fiz encontram respaldo
nos links do "Leia também" logo abaixo.]


Fonte do Post:


Leia também:  
  • LULA E Dilma


    • A Posição dos EUA




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