sexta-feira, 26 de março de 2010

TV Digital nipo-brasileira (SBTVD)

TV Digital nipo-brasileira (SBTVD) pegou no breu

Eu sinceramente, não botava tanta fé assim. Via no Ginga e na codificação mais avançada (MPEG-4) pontos positivos, mas não suficientes para se fazer frente ao sistemas Europeus e Americanos. Acabou que a mistura Brasil-Japão acabou dando samba. No ritmo que vai só a Colombia (e Uruguai?) vai ficar de fora, o resto da AL caminham pra aderir ao SBTVD.

Incrivel e surpreendente.

“Até o momento, o Brasil já conseguiu convencer Peru, Chile e Argentina. Além disso, haveria um pré-acordo com Cuba. Equador e Venezuela também estariam prestes a adotar o modelo nipo-brasileiro, segundo o Minicom, e Bolívia e Paraguai estariam na fase dos “entendimentos”. Com isso, o ministro Hélio Costa já comemora o sucesso da empreitada de avançar com o padrão escolhido pelo Brasil.”

TELETIME News – Chile e Peru aderem ao sistema nipo-brasileiro de TV digital

Chile e Peru aderem ao sistema nipo-brasileiro de TV digital

segunda-feira, 14 de setembro de 2009, 19h30
A campanha do governo pelos países vizinhos para divulgar o padrão de TV digital escolhido pelo Brasil continua dando frutos. Nesta segunda-feira, 14, o Ministério das Comunicações anunciou duas novas adesões ao sistema nipo-brasileiro de transmissão. Enquanto a cúpula do governo brasileiro recebia uma comitiva peruana para o anúncio oficial da adoção do padrão, a embaixada do Chile confirmava ao Minicom a escolha do sistema pela presidente Michelle Bachelet.

Todos os detalhes dos acordos firmados com os dois países ainda não foram divulgados, mas além da cooperação técnica, típica nesses protocolos, o Brasil sinaliza com uma boa ajuda financeira aos novos parceiros. Após o anúncio formal, feito juntamente com o ministro de Transportes e Comunicações do Peru, Enrique Cornejo, o ministro Hélio Costa contou aos jornalistas que o país vizinho também terá acesso à linha de financiamento criada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) para a implantação da TV digital. A linha, no valor total de R$ 1 bilhão, está disponível desde 2007 e deve ser mantida, em princípio, até 31 de dezembro de 2013.

Ampliação

A idéia de permitir que outros países usem os recursos do BNDES na implantação da TV digital já havia sido comentada em momentos anteriores pelo ministro Hélio Costa. A novidade é que o ministro sinalizou hoje com a possibilidade de ampliação do escopo de financiamento. Atualmente, de acordo com dados oficiais do BNDES, a linha só pode ser usada para aquisição de equipamentos fabricados no Brasil. Mas Costa defende que não haja restrições ao uso da verba.

"Se for (limitado o uso da linha), vamos conversar com o BNDES. Até porque não há imposição nenhuma da lei para que o financiamento seja apenas de equipamentos nacionais", afirmou o ministro, fazendo referência ao decreto de implantação da TV digital no Brasil. O ministro peruano não confirmou se já há interesse em usar os recursos do BNDES, mas fez uma projeção de quanto custará a implantação do sistema em seu país.

Pelos cálculos iniciais, o país terá que investir US$ 80 milhões para cobrir as oito principais cidades peruanas, atendendo a cerca de 54% da população até 2015.

Sistema sul-americano

Até o momento, o Brasil já conseguiu convencer Peru, Chile e Argentina. Além disso, haveria um pré-acordo com Cuba. Equador e Venezuela também estariam prestes a adotar o modelo nipo-brasileiro, segundo o Minicom, e Bolívia e Paraguai estariam na fase dos “entendimentos”. Com isso, o ministro Hélio Costa já comemora o sucesso da empreitada de avançar com o padrão escolhido pelo Brasil.

“Estamos caminhando para um sistema, no mínimo, sul-americano de TV digital, o que é muito importante do ponto de vista cultural e intelectual”, declarou. Quanto a países que já fizeram sua escolha por outro sistema – como é o caso do Uruguai, que optou pelo padrão europeu – o governo brasileiro deve continuar insistindo no processo de convencimento. “Todo mundo que errou tem o direito de se consertar”, declarou o ministro ao ser questionado sobre o Uruguai.

O ministro peruano Enrique Cornejo também se mostrou satisfeito com a escolha feita. “Viemos nessa visita oficial com grande alegria, mas também com grande certeza de que tomamos a decisão certa”, afirmou. Cornejo disse que analisaram por dois anos os padrões tecnológicos disponível sob três eixos: tecnológico, econômico e em termos de cooperação. “E nesses três quesitos, o sistema brasileiro se mostrou largamente melhor”, concluiu.

Sem fábrica
Em meio ao anúncio, uma antiga polêmica voltou à tona: a promessa de que, ao adotar o padrão japonês, o Brasil ganharia suporte para a instalação de uma fábrica de semicondutores em território nacional. Mesmo com a construção da fábrica tendo sido vastamente divulgada e comemorada pelo governo brasileiro na época do acordo com o Japão, Hélio Costa negou hoje que este item fizesse parte do acordo. “Nós não negociamos a fábrica, pelo contrário. Nós pedimos que os japoneses nos auxiliassem com a tecnologia. Isso não consta do acordo”, afirmou o ministro.

Segundo Costa, a fábrica – mesmo fora do acordo – só não foi implantada até hoje por culpa do próprio Brasil, que não teria mão de obra qualificada para tocar um linha de montagem com a sofisticação exigida para este ramo. “Nós precisamos deixar muito claro que os entendimentos só não se deram com a velocidade que a imprensa espera, e que nós mesmos esperamos em alguns momentos, porque nós não estávamos preparados para receber essa fábrica. É preciso um conhecimento refinadíssimo para uma linha de montagem assim”, argumentou.

O ministro ponderou que o Brasil tem avançado nesse ramo, especialmente com os trabalhos conduzidos pela Ceitec. Ainda assim, não quis fazer nenhuma previsão de quando o país será capaz de ter uma grande fábrica de semicondutores. “A perspectiva depende de um conjunto de fatores. E não sou eu que tem que dizer como fazer”, concluiu.

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