Fazendo um rebuscamento em leituras feitas ano passado encontrei um texto intitulado "Duas crises finaceiras, dois resultados". A compração deixa claro como agiram os dois últimos Presidentes Brasileiros no enfrentamento de crises econômicas mundiais que acabaram afetando o Brasil. vale a pena recordar.
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Duas crises financeiras, dois resultados
Na crise de 97/99 o tucanato avançou no bolso da sociedade. Já na crise de 2008, Nosso Guia, aquele... é ele mesmo... o sapo barbudo... apostou no consumo.
Um malvado devorador de números, fez um exercício e comparou as iniciativas tomadas pelo tucanato durante a crise financeira internacional de 1997/1999 com as medidas postas em prática pelo atual governo desde o ano passado. Fechando o foco nas mudanças tributárias, resulta que os tucanos avançaram no bolso da sociedade, enquanto Nosso Guia botou dinheiro na mão da população, o chamado consumidor.
A crise financeira internacional de 1997/1999 - Na era FHC
Entre maio de 1997 e dezembro de 1998, na era FHC, o governo remarcou, para cima, as alíquotas de sete impostos, além de passar a cobrar um novo tributo. Sempre procurando reduzir os investimentos e o consumo da população.
- A alíquota do Imposto de Renda do andar de cima passou de 25% para 27,5%;
- O IOF de créditos pessoais dobrou e aumentaram-se as dentadas nas aplicações;
- O IPI das bebidas ficou 10% mais caro, e a alíquota do Cofins passou de 2% para 3%;
- Tudo isso e mais a entrada em vigor da CPMF, que arrecadou R$ 7 bilhões em 1997;
- A voracidade arrecadatória elevou a carga tributária de 28,6% para 31,1% do PIB;
- O produto interno fechou 1998 com um crescimento de 0,03%;
- a taxa de desemprego pulou de 10% para 13%;
- Em 1999, o salário mínimo encolheu 3,5% em termos reais.
Não esqueçam: primeiro, houve um empréstimo de US$ 41 bilhões, tomado ao FMI, ao Banco Mundial de ao BIS na base do Deus-nos-acuda, quando da crise da Rússia, em 1998. Em 2001, novamente o País se ajoelha desesperado no altar do FMI, e consegue mais US$ 15 bilhões. E, em 2002, mais um empréstimo de US$ 30 bilhões e, neste caso, dada à erosão da credibilidade de FHC, o FMI pediu que o empréstimo fosse avalizado pelos três principais candidatos a presidente da República de então. E FHC, constrangido, teve que aceitar essa humilhação.
Sobre o Plano Real, há uma boa leitura em Carta Capital, clique aqui.
Anos mais tarde o sapo barbudo, o Lula, teve que pagar tais dívidas. Tirando o Brasil das amarras de dependência ao FMI.
A crise financeira mundial de 2008/ 2009 - Na era Lula, o sapo barbudo.
Esta crise foi a maior desde a crise de 1929 e infinitamente mais severa que as dos anos 90. inclusive a que FHC enfrentou. Em vez de aumentar impostos, o governo LULA surfou na marolinha:
- desonerou setores industriais;
- baixou o IPI dos carros, geladeiras e fogões, deixando de arrecadar cerca de R$ 6 bilhões nos primeiros três meses do tratamento.
- Uma mudança na tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas, resolvida antes da crise, deixou cerca de R$ 5,5 bilhões na mão da sociedade.
- Forçou seus dois bancos estatais a baixarem os juros de empréstimos ao consumidor, propiciando um maior número de empréstimos e o consequente aumento do consumo;
- Lançou mais um plano habitacional em 2009 aquecendo ainda mais o setor da construção civil (não tem a ver com tributação, mas vale a pena citar);
- A carga tributária caiu de 35,8% do PIB para 34,5%;
- Em 2009 o salário mínimo teve um ganho real de 6,4% e para 2010 terá um reajuste de 8,9% passando para 507,00 Reais em fevereiro;
- O desemprego deu um rugido, mas voltou aos níveis anteriores à crise e já criou mais de 1 milhão de novos empregos entre janeiro e julho de 2009;
PS. A crise ainda não acabou, mas o Brasil está, vamos dizer, com água nos tornozelos enquanto o primeiro mundo está afundado até o pescoço.
09/11/2009 - 07:55:02
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Abaixo, Ciro Gomes fala de Lula e dos governos FHC, Serra e a Gestão Tucana em SP
Fonte do Post:
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