DEM, um partido moribundo e com futuro incerto
Brasília Confidencial
via Vi o Mundo
Eles já foram PFL, Frente Liberal, PDS, Arena, UDN. Hoje, são DEM, ou Democratas, como se auto-intitulam. E depois dessa eleição, o que serão? Ninguém arrisca falar em fim do partido, mas as análises mais otimistas veem o partido saindo decididamente menor das urnas.
Em 2006, o DEM só elegeu um governador – José Roberto Arruda, do Distrito Federal, agora sem partido, sem mandato e sob investigação – e hoje tem apenas quatro candidatos próprios.
Pra piorar, na semana passada o presidente nacional do partido, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), foi acusado pelo delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, de ser beneficiário do esquema. Já em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab teve um momento de destaque positivo até agora: quando foi eleito. Desde então, sucessivas pesquisas sobre seu governo apontam crescente insatisfação dos paulistanos.
Ruim para o DEM, ruim também para o candidato que o partido apoia na campanha presidencial, o tucano José Serra, que está à procura de um companheiro de chapa no partido aliado. Um dos nomes mais citados era o da presidente da Confederação Nacional da Agricultura e senadora Kátia Abreu. Mas ela preferiu repetir o caminho já seguido pelos tucanos Aécio Neves e Tasso Jereissati: pulou fora.
Tudo isso soletra inferno astral, na visão dos cientistas políticos.
“O Arruda ajudou a tornar a situação do DEM mais difícil. Fora isso, havia uma liderança nacional, o Kassab, cuja estrela parou de brilhar desde que ele tomou posse, e agora tem a lama jogada no Rodrigo Maia. A probabilidade de uma redução no tamanho da bancada é muito grande”, crê Marco Antônio Carvalho, da Fundação Getúlio Vargas.
Por enquanto, os cientistas ouvidos pelo Brasília Confidencial acreditam que ainda há espaço para um partido de direita no espectro político brasileiro. Mas não do jeito, ou com a falta de jeito, do DEM.
“É difícil falar em fim, porque o DEM nunca teve lá grande força. O partido vive um momento difícil, mas acho que o desafio dele é ter uma cara nacional, o que agora não me parece muito provável”, avalia Rui Tavares Maluf, professor de Ciências Políticas da Fundação Escola de Sociologia de São Paulo (Fesp).
Já para o professor de direito constitucional da Universidade de Brasília, Said Mamed, dependendo do tamanho do baque nas urnas o DEM deve fundir-se com outro partido para sobreviver.
”Não descarto que eles tentem se juntar com o PPS, que hoje é uma linha auxiliar da coligação do PSDB, ou com outra legenda. Partido algum sobrevive se não procurar ser forte nos governos estaduais e capitais”, sentencia Mamed.
Em 2006, o DEM só elegeu um governador – José Roberto Arruda, do Distrito Federal, agora sem partido, sem mandato e sob investigação – e hoje tem apenas quatro candidatos próprios.
Pra piorar, na semana passada o presidente nacional do partido, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), foi acusado pelo delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, de ser beneficiário do esquema. Já em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab teve um momento de destaque positivo até agora: quando foi eleito. Desde então, sucessivas pesquisas sobre seu governo apontam crescente insatisfação dos paulistanos.
Ruim para o DEM, ruim também para o candidato que o partido apoia na campanha presidencial, o tucano José Serra, que está à procura de um companheiro de chapa no partido aliado. Um dos nomes mais citados era o da presidente da Confederação Nacional da Agricultura e senadora Kátia Abreu. Mas ela preferiu repetir o caminho já seguido pelos tucanos Aécio Neves e Tasso Jereissati: pulou fora.
Tudo isso soletra inferno astral, na visão dos cientistas políticos.
“O Arruda ajudou a tornar a situação do DEM mais difícil. Fora isso, havia uma liderança nacional, o Kassab, cuja estrela parou de brilhar desde que ele tomou posse, e agora tem a lama jogada no Rodrigo Maia. A probabilidade de uma redução no tamanho da bancada é muito grande”, crê Marco Antônio Carvalho, da Fundação Getúlio Vargas.
”O que o DEM vai perder é o status de um dos dois ou três maiores partidos do país, como é hoje.”
Por enquanto, os cientistas ouvidos pelo Brasília Confidencial acreditam que ainda há espaço para um partido de direita no espectro político brasileiro. Mas não do jeito, ou com a falta de jeito, do DEM.
“É difícil falar em fim, porque o DEM nunca teve lá grande força. O partido vive um momento difícil, mas acho que o desafio dele é ter uma cara nacional, o que agora não me parece muito provável”, avalia Rui Tavares Maluf, professor de Ciências Políticas da Fundação Escola de Sociologia de São Paulo (Fesp).
Já para o professor de direito constitucional da Universidade de Brasília, Said Mamed, dependendo do tamanho do baque nas urnas o DEM deve fundir-se com outro partido para sobreviver.
”Não descarto que eles tentem se juntar com o PPS, que hoje é uma linha auxiliar da coligação do PSDB, ou com outra legenda. Partido algum sobrevive se não procurar ser forte nos governos estaduais e capitais”, sentencia Mamed.
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